PUBLICIDADE

Indígenas protestam contra a ferrovia Sinop-Miritituba durante a COP 30

PUBLICIDADE
Só Notícias com Agência Brasil (foto: reprodução)

Lideranças do povo Munduruku foram recebidas, hoje, em Belém, pelo presidente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), André Corrêa do Lago, após um protesto pacífico na entrada principal do evento. A manifestação transcorreu sem incidentes e apenas impactou em um tempo maior de entrada dos participantes da COP.

A reunião ocorreu em um edifício anexo ao Tribunal de Justiça do Pará (TJ-PA), que fica nas proximidades da Zona Sul, a área oficial de negociações da COP30. Além de Corrêa do Lago, o encontro contou com as presenças das ministras Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima).

Os indígenas criticam a construção da Ferrogrão, uma ferrovia que ligará Sinop até Miritituba, para escoamento de produção agrícola, alegando impactos sobre o modo de vida dos indígenas e pressão sobre suas terras. Eles também pedem que Lula revogue o decreto nº 12.600/2025 que prevê a privatização de empreendimentos públicos federais do setor hidroviário, incluindo no rio Tapajós.

Segundo Alessandra Munduruku, o grupo mantém o pedido de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente para revogar o decreto que autoriza a concessão de hidrovia na bacia do Tapajós: “A gente quer uma resposta do Lula, principalmente (sobre) o decreto.” “A nossa preocupação é o decreto e a Ferrogrão, isso vai nos prejudicar bastante. Mas estar aqui com a Sônia, com a ministra, já é um avanço, e agora com o presidente da COP. Só que a gente precisa ser mais ouvido, precisa ser mais consultado dentro do território. Eu não posso falar pelo meu povo sozinha, eu tenho que consultar meu povo, sempre foi falado isso. A decisão é coletiva, a decisão é quando está todo mundo junto e decidimos juntos”, afirmou Alessandra, para jornalistas.

Em nota, o Movimento Munduruku Ipereg Ayu denunciou que o corredor Tapajós-Arco Norte é um dos principais vetores de avanço do agronegócio sobre a Amazônia, de acordo com dados do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc). O povo Munduruku também protesta contra as negociações climáticas internacionais que, segundo eles, tratam as matas nativas como meros ativos de crédito de carbono. Em alguns dos cartazes do grupo, era possível ler frases como “Nossa Floresta não Está à Venda” e “Não Negociamos a Mãe Natureza”.

Receba em seu WhatsApp informações publicadas em Só Notícias. Clique aqui.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Trabalhador morre atingido por galho de árvore no Nortão

Um trabalhador morreu esta manhã em um acidente durante...

Feira de veículos movimentou mais de R$ 7 milhões em negócios em Nova Mutum

A sexta edição da Feira de Negócios Veículos, promovida...

Defensoria inaugura núcleo na próxima semana em Sorriso

A Defensoria Pública do Estado vai inaugurar na próxima...
PUBLICIDADE