quinta-feira, 25/abril/2024
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Guilherme Maluf é escolhido no colégio de líderes para ser conselheiro no TCE

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Só Notícias/Gazeta Digital (foto: Helder Farias)

O deputado Guilherme Maluf (PSDB) acaba de ser escolhido, no colégio de líderes formado por deputados estaduais, para ser sabatinado pelo plenário nesta quinta-feira e ocupar vaga de conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso. Ele recebeu 11 votos e Max Russi (PSB) 10. A diferença foi de 1 voto. O juiz Eduardo Calmon recebeu 2 votos, um voto em branco e nenhum voto para o contador Luiz Mário Barros.

Depois da polêmica da apresentação e avaliação de documentos para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que acabou acolhendo as reclamações e permitindo que os 6 candidatos continuassem na disputa, a expectativa é que ainda na quinta-feira seja escolhido o novo conselheiro.

No início da noite, dois candidatos retiram seus nomes da disputa pela vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) durante a reunião do Colégio de Líderes, esta noite. Sebastião Rezende (PSC) e Dilmar Dal Bosco (DEM) desistiram após o estresse causado pela análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), em que o primeiro relatório indeferiu a participação deles na próxima fase do processo. Na reunião do colégio de líderes, cada um dos 6 candidatos teve 10 minutos para apresentar suas motivações para serem escolhidos para a vaga. A ordem foi sorteada no início do evento. A retirada de dois nomes acirrou ainda mais a concorrência pelo votos.

Sebastião Rezende (PSC) foi o primeiro a falar, relembrou sua carreira como engenheiro, advogado, parlamentar e surpreendeu ao anunciar a desistência da candidatura. “Trabalhei muito para ter essa indicação para o Tribunal de Contas do Estado. O que presenciamos me deixou chocado, momentos em que são questionados algumas ações que acredito serem corretas. Tive enfrentamentos que me deixaram extremamente constrangido e triste. Gostaria de retirar o meu nome”, disse, após a comissão apontar que a documentação que ele apresentou estava incompleta.

O contador Luiz Mário Barros apresentou as suas argumentações, que foram baseadas no caráter técnico de sua carreira e aptidões para o cargo. “Eu milito no Tribunal de Contas, conheço a estrutura desse tribunal. Estou vendo pela mídia que o tribunal precisa ter certo equilíbrio. Esse é um momento histórico na Assembleia, nunca imaginei que estaria nesse momento diante de vocês”.

O deputado Guilherme Maluf (PSDB), que é médico e está em seu quarto mandato, afirmou ser estratégico para melhorar o diálogo entre os poderes. “O Tribunal de Contas pode harmonizar muito mais com a Assembleia e o Tribunal de Justiça. Tenho essa pretensão porque acho que esse TCE precisa ser melhorado. Temos um Tribunal muito punitivo, muito distante das realidades dos municípios. Precisa ser mais orientativo, estar mais presente nos municípios”.

A experiência em direito público foi o destaque da fala do juiz Eduardo Calmon, que atua em Várzea Grande e atualmente faz doutorado na Universidade de São Paulo (USP). O juiz apresentou aos deputados 7 propostas que pretende colocar em prática, caso seja indicado para o cargo de conselheiro. “Sinto-me preparado para assumir tamanha responsabilidade, justamente no período que o Brasil clama por mudanças. Eu posso mudar essa realidade, com respeito ao cidadão e aos ideais democráticos”.

Outro que relembrou sua trajetória política foi o deputado Max Russi (PSB), que já foi vereador e prefeito de Jaciara (144 ao Sul de Cuiabá) e secretário-chefe da Casa Civil. Russi também argumentou sobre as alegações de que não estaria preparado para o cargo por não ter ensino superior. “Gosto de pegar desafio. De fazer bem feito o que me proponho a fazer. Sei que posso contribui muito com o Tribunal de Contas. Primeiro, porque serei conselheiro do diálogo, que terá sua porta de gabinete para todos os vereadores e prefeitos. É importante ter a sensibilidade, olhar do outro lado da cadeira para fazer uma análise das contas”.

Último a falar, o deputado Dilmar Dal Bosco (DEM), decidiu desistir depois de discursar sobre a importância do cargo. “Sou o maior conciliador da Assembleia Legislativa. Tenho certeza e saio de cabeça erguida. Eu não quis trazer constrangimento a nenhum colega deputado. Eu sempre tenho me colocado como ser humano e não como deputado e tenho certeza que vou continuar da mesma maneira”.

A votação, em plenário, deve ocorrer até sexta-feira. O cargo de conselheiro do TCE é vitalício e a vaga aberta cabe a Assembleia indicar.

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