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Gravação obtida pelo GAECO mostra entrega de propina dos esquemas das obras de escolas em MT

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Um dos vídeos gravados pelo empresário José Carlos Pena da Silva, dono da BRP Construtora Ltda, que foi entregue ao GAECO- Grpo de Apoio e Combate ao Crime Orgabizado- que comprova pagamento de propina para servidores da Secretaria Estadual de Edudação e formação de cartel por parte de empresários para fraudar licitações de construção de escolas e creches, mostra o também empresário Giovani Belatto Guizardi, dono da Construtora Dínamo, recebendo R$ 4 mil que seriam repassados para servidores. Guizardi, preso ontem, na Operação Rêmora, é acusado de coordenar um cartel de empresas que tocavam as obras da secretaria e foi denunciado por  receber a propina resultante de fraudes em contratos para a reforma de escolas.

De acordo com o Gaeco, a gravação foi feita no fim do mês de novembro, na sede da empresa de Guizardi, em Cuiabá. José Carlos chega na empresa de Giovani, no bairro Santa Rosa, em Cuiabá, e se reunindo com ele. No início da conversa (2m30seg), José Carlos entrega a Guizardi documentos e certidões das obras que tocava na Seduc. Mais adiante, Guizardi orienta o dono da BRP como proceder para que os pagamentos das medições das obras fossem realizados. “Então, faz um favor para mim. Vai lá [Seduc] e vê se não está faltando nada. Depois, esse povo é desorganizado (…) depois os caras falam que você não entregou e, aí, não vai dar certo”, diz Guizardi. No fim da gravação (6m19seg), José Carlos entrega à Guizardi um maço de dinheiro, que, segundo o Gaeco, somava R$ 4 mil.

“Vou te passar isso aqui…Saíndo isso aqui ó (indicando um documento que estava em cima da mesa), eu te passo o resto”, disse José Carlos, se referindo ao pagamento de propina para a liberação dos valores que tinha a receber do Estado. Logo em seguida, com aparente tranquilidade ao tratar sobre o assunto, Guizardi pega o maço de dinheiro e o guarda em um compartimento ao lado de sua mesa. "É isso? (fazendo o sinal de quatro com as mãos). Tá bom", declarou Guizardi.

Na gravação Guizardi explica para José Carlos que o valor que deveria ser devolvido pelos empresários envolvidos no esquema teria diminuído, passando de 5% para 3%, a partir do mês de outubro do ano passado.

 

Segundo o MPE, a organização atuava em licitações e contratos administrativos de obras públicas de construção e reforma de escolas e fraudes começaram em outubro de 2015 em licitações de 23 obras, em diversas cidades do Estado, totalizando R$ 56 milhões que seriam gastos pelo governo para fazê-las.

O núcleo de operações, após receber informações privilegiadas das licitações públicas para construções e reformas de escolas públicas estaduais, organizou reuniões para prejudicar a livre concorrência das licitações, distribuindo as respectivas obras para 23 empresas, que integram o núcleo de empresários.

Além de Giovani Belatto Guizard,i foram presos, em Cuiabá, os empresários Moises Feltrin e Joel de Barros Fagundes Filho, que foram soltos ainda nesta segunda-feira após pagamento de fiança (R$ 4 mil cada). A justiça mandou conduzi-los coercitivamente ao GAECO para prestarem depoimentos. Porém, os policiais encontraram armas nos imóveis onde ambos estavam.

A assessoria do MP informou que a juíza Selma Arruda expediu manddos para serem conduzidos coercitivamente e prestarem depoimentos os empresários Luiz Fernando da Costa Rondon, Lenardo Guimarães Rodrigues, Moises Feltrin, Joel de Barros Fagundes Filho, Esper Haddad Neto, José Eduardo Nascimento da Silva, Luiz Carlos Ioris, Celso Cunha Ferraz, Augusto Sguarezi, Clarice Maria da Rocha, Eder Alberto Francisco Merciano e Dilermando Sergio Chaves.  Uma parte depôs nesta segunda-feira e outros estão sendo ouvidos hoje pelos promotores do GAECO.

 

coercitivamente, para prestarem depoimentos: Luiz Fernando da Costa Rondon, Lenardo Guimarães Rodrigues, Moises Feltrin, Joel de Barros Fagundes Filho, Esper Haddad Neto, José Eduardo Nascimento da Silva, Luiz Carlos Ioris, Celso Cunha Ferraz, Augusto Sguarezi, Clarice Maria da Rocha, Eder Alberto Francisco Merciano e Dilermando Sergio Chaves. Para alguns deles, também foram expedidos mandados de buscas e apreensões de documentos. – See more at: http://www.sonoticias.com.br/noticia/politica/gaeco-obtem-gravacoes-onde-empresarios-combinam-fraudes-e-divisoes-de-obras-na-capital-e-nortao#sthash.hIOk85aJ.dpuf
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