O governo de Mato Grosso e a O.N.E. Amazon firmam, nesta segunda-feira, em Nova Iorque, convênio, de US$ 100 milhões (cerca de R$ 530 milhões), para financiar a conservação nos parques estaduais Cristalino I e II, localizados entre Novo Mundo e Alta Floresta, no Nortão que incluem o desenvolvimento de atividades turísticas sustentáveis que valorizem a cultura e a biodiversidade locais; a promoção de sistemas agrícolas integrados que conservem a floresta e produzam alimentos de alto valor nutricional; e a implementação de soluções energéticas limpas e tecnologias que aprimorem a infraestrutura regional.
A parceria será formalizada durante o evento de semana do clima, nos Estados Unidos, onde a organização está sediada e prioriza promoção de investimentos públicos e privados para a preservação e restauração da floresta amazônica.
A assessoria do governo Estadual informou que os recursos destinados às ações de preservação e conservação dos parques virão da O.N.E. Amazon, aplicados por investidores institucionais e governamentais de todo o mundo, por meio da venda de um ativo digital, conhecido como token, disponível no mercado financeiro.
Na prática, o token atribui um valor às florestas preservadas, em que cada hectare dos parques estaduais Cristalino será comercializado por US$ 1 mil no mercado financeiro. Assim, o ativo está lastreado em bens reais e não tem caráter especulativo, ao contrário da maioria dos ativos digitais, como criptomoedas e NFTs.
Para arrecadar os US$ 100 milhões, a O.N.E. Amazon disponibilizará 100 mil tokens e a receita obtida será dividida – 70% para um fundo de investimento (US$ 70 milhões), 15% para o governo de Mato Grosso, destinados ao desenvolvimento de ações de preservação nos parques, e 15% para a própria O.N.E. Amazon (US$ 15 milhões). Dessa forma, 85% dos recursos permanecerão no estado, ampliando as ações de conservação.
Além do investimento financeiro, o convênio com apoiará a Sema em suas atividades de proteção ambiental, por meio do fornecimento de informações, imagens de satélite e outras tecnologias voltadas à preservação da floresta, além de informar à secretaria eventuais ações de terceiros que possam comprometer a integridade dos dois parques.
O convênio não prevê transferência de propriedade, arrendamento ou qualquer tipo de reivindicação sobre a área dos parques por parte da O.N.E. Amazon, que também não terá direito de executar obras ou realizar atividades com fins de venda ou extração de recursos naturais.
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