A insatisfação de gestores públicos também se dá na esfera estadual. Prefeitos de dez municípios da região Norte de Mato Grosso, que integram o Consórcio de Saúde liderado pelo gestor de Diamantino, Juviano Lincoln (PSD), estudam mobilização para cobrar do Estado repasses à saúde atrasados desde janeiro deste ano. Juviano lembra que as remessas pendentes da verba pública dirigidas ao Hospital São João Batista, responsável pelo atendimento das cidades integradas, somam cerca de R$ 1,29 milhão, provocando a redução dos serviços prestados no setor. Prefeito de Nortelândia, Neurilan Fraga (PSD), reclama da falta de cumprimento pelo governo do cronograma de pagamento acordado com os municípios.
Os problemas com atraso no calendário de repasses da verba relativa à saúde se estendem ainda para a atenção básica, leia-se, com recursos garantidos pela União. A falta da pontualidade, além de prejudicar o andamento dos serviços, obrigou prefeitos e buscar alternativas para impedir a piora desse quadro. “A situação é muito difícil, porque o Estado combina um cronograma e depois ocorrem os atrasos. Aí não tem outra maneira senão somar as forças das prefeituras que fazem parte do consórcio para assegurar o atendimento mínimo”, desabafou Lincoln.
Outro lado – a Secretaria de Estado de Saúde, por meio da assessoria de imprensa, informou que o Estado havia realizado o repasse ao referido consórcio referente a janeiro. Acrescentou ter sido realizada reunião ontem à tarde, com continuidade prevista para hoje, entre representante da secretaria e prefeitos, com meta de firmar nova agenda para pagamento das pendências, sobre os meses de fevereiro e março deste ano.