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Definidos US$ 100 milhões para preservação de florestas no Nortão

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Redação Só Notícias (foto: assessoria)

O governo de Mato Grosso assinou hoje um convênio com o O.N.E. Amazon, em Nova Iorque (EUA), para remunerar a floresta em pé. Essa é a primeira iniciativa dessa natureza no país, em que o ativo será oferecido no mercado financeiro. O convênio prevê a captação de US$ 100 milhões. Em contrapartida, o Estado mantém a preservação de 100 mil hectares nos Parques Estaduais Cristalino I e II, entre Novo Mundo e Alta Floresta.

Os recursos destinados às ações de preservação e conservação dos parques virão da O.N.E. Amazon, aplicados por investidores institucionais e governamentais de todo o mundo, por meio da venda de um ativo digital, conhecido como token, disponível no mercado financeiro. Segundo o governo de Mato Grosso, as áreas prioritárias do fundo de investimento incluem: (1) o desenvolvimento de atividades turísticas sustentáveis que valorizem a cultura e a biodiversidade locais; (2) a promoção de sistemas agrícolas integrados que conservem a floresta e produzam alimentos de alto valor nutricional; e (3) a implementação de soluções energéticas limpas e tecnologias que aprimorem a infraestrutura regional.

A receita obtida pela O.N.E., por meio da comercialização de token no mercado financeiro, será distribuída da seguinte forma: 70% para um fundo de investimento para desenvolvimento das ações de preservação e desenvolvimento (US$ 70 milhões), 15% para o governo de Mato Grosso e 15% para a própria O.N.E. Amazon (US$ 15 milhões). Dessa forma, 85% dos recursos permanecerão no Estado, informou o governo de Mato Grosso.

Além do investimento financeiro, o convênio com a O.N.E. Amazon apoiará a Sema em suas atividades de proteção ambiental, com a implantação da Internet das Florestas (IoF™), um sistema avançado de monitoramento alimentado por satélites, LiDAR e sensores conectados através de redes LoRaWAN e Wi-Fi. Esta tecnologia fornece dados ecológicos em tempo real, reforçando a soberania, auxiliando na formulação de políticas e orientando novos mecanismos financeiros para escalar a conservação.

A secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, destacou que Mato Grosso integra inovação e preservação ambiental com a iniciativa. “Somos o primeiro estado brasileiro a integrar esta inovação que é efetivamente a remuneração para a manutenção da floresta em pé e de sua biodiversidade. Sempre ouvimos falar em remuneração para carbono, que já é comum, mas nós estamos inovando, juntamente com a O.N.E. Amazon e todos os parceiros, em manter a biodiversidade e financiar a produção sustentável em Mato Grosso, que é o estado que mais produz no Brasil e ainda conserva 60% do seu território”, afirmou.

Ainda de acordo com a secretária, “Mato Grosso não é apenas um exportador de commodities. Somos um parceiro estratégico para a construção de uma nova economia verde, que conecta biodiversidade, energia renovável, tokenização de ativos ambientais e inclusão cultural”.

“Nosso objetivo não é exportar apenas soja, milho, carne ou biocombustíveis — mas confiança, estabilidade e inovação. Nosso potencial é único: tokenizar não apenas florestas, mas também água, minérios, terras raras, ouro e até mesmo nossas línguas e tradições indígenas. Isso significa transformar natureza e cultura em ativos globais, sempre preservando sua essência”, reforçou .

O fundador e CEO da O.N.E. Amazon, Rodrigo Veloso, reforçou que o convênio não implica na aquisição dos parques. “Os parques ainda vão pertencer ao Estado de Mato Grosso. Estamos simplesmente assinando contratos para financiar a preservação no Estado, que é emblemático no Brasil não só pela sua produção de commodities, mas também pela conservação e inovação. Com o convênio, estamos ajudando parques estaduais e nacionais, além de proprietários de terras, a valorarem ainda mais a floresta do que qualquer atividade econômica não sustentável”, concluiu.

Também fazem parte da comitiva a secretária de Comunicação, Laice Souza, a secretária-adjunta de Recursos Hídricos da Sema, Lilian Ferreira dos Santos, o promotor de justiça Marcelo Vachiano, e servidores do Governo do Estado que viabilizaram a construção do projeto.

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