Dois deputados mato-grossenses considerados aliados leais da presidente Dilma não foram indicados por seus partidos para fazerem parte da comissão especial que analisará o pedido de impeachment da presidente. O petista Ságuas Moraes e o pemedebista Carlos Bezerra ficaram de fora das indicações partidárias. Ságuas é primeiro vice-líder do PT na Câmara e, Bezerra, presidente do PMDB em Mato Grosso. Bezerra, porém, é considerado aliado de primeira hora do vice-presidente Michel Temer.
A comissão especial terá 65 deputados. Do PT foram indicados Henrique Fontana (RS), Arlindo Chinaglia (SP), Sibá Machado (AC), José Guimarães (CE), Paulo Teixeira (SP), Wadih Damous (RJ), José Mentor (SP), Vicente Cândido (SP).
Do PMDB, farão parte Leonardo Picciani (RJ), Hildo Rocha (MA), João Arruda (PR), José Priante Junior (PA) e Washington Reis (RJ).
Pela oposição, o PSDB já definiu os líderes Carlos Sampaio (SP), e o deputado Bruno Araújo (PSDB-CE). O vice-líder, Nilson Leitão confirmou, ao Só Notícias, que fará parte. Ele deve ser o único mato-grossense a compor a comissão especial
Até o final da tarde devem ser anunciados nomes de todos os indicados pelos partidos. Em seguida, começam as articulações para definir quem será presidente e relator. A comissão dará prazo de 10 sessões para a presidente Dilma se defender das acusações das pedaladas fiscais, que motivaram a decisão do TCU em reprovar suas contas. Em seguida, será feito relatório e apresentado para o plenário apreciar. Serão necessários 342 votos para ela ser afastada.
O governo quer apressar a votação para concluir logo no primeiro trimestre o processo e evitar que a crise econômica influencie também na decisão de parlamentares
Em instantes, mais detalhes