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Governadores se reúnem com Lula dia 16 e cobram soluções para crise no agronegócio

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Os doze governadores dos Estados brasileiros do agronegócio vão se reunir no próximo dia 16 com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, em Brasília. A reunião, à tarde, será precedida de outra reunião de todos os administradores estaduais no Senado.

A informação foi repassada pelo governador Blairo Maggi, durante a posse do novo presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Sergio De Marco, na noite desta sexta-feira (05.05), no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá. O governador foi o primeiro presidente da associação, fundada em 1997. Maggi comparou a organização e importância da Ampa para falar dos impactos do agronegócio na vida de todos os cidadãos brasileiros.

Em discussão na reunião com o presidente Lula, indica Maggi, estará a busca de alternativas para reduzir dificuldades da pecuária e agricultura nacional. “Sem agricultura, sem a pecuária, os Estados não existem. Estamos trabalhando na linha política e os produtores estão aí para convencer a sociedade”, disse.

A falta de renda do setor produtivo afeta diretamente a forma de gestão dos Estados, alertou o governador. Ele foi prático ao explicar que é necessária a sensibilização das pessoas das áreas urbanas sobre a ligação direta entre o que ocorre atualmente no campo e a oferta de alimentos nas cidades.

“Os Estados não produzem nada, nem um pé de algodão ou pé de cebolinha. Todos estão umbilicalmente ligados com o campo. É um movimento em defesa da economia brasileira, não de Mato Grosso”, avisou o governador.

“Fora o setor do álcool, açúcar, café e laranja, os demais não vão bem. E não é uma situação para se brincar, pois o agronegócio é responsável por 35% a 37% da riqueza do Brasil”, afirmou, ao registrar sua compreensão sobre as interrupções que produtores rurais têm realizadas com o “Grito do Ipiranga” em todo o Brasil.

Maggi contou a uma platéia de cerca de 200 produtores de algodão que é preciso convencer as pessoas que vivem nas áreas urbanas sobre gravidade da perda de renda do produtor rural e a ligação desse quadro com a cidade. Lembrou exemplos do cotidiano, como do frango que se compra no supermercado, que a dona-de-casa nem corta, pois a indústria agropecuária nacional faz isso, como a cria e produção da própria carne de frango. “Não existe possibilidade de sobrevivência sem a agricultura e a pecuária”, reiterou.

Em seu discurso, Maggi destacou ainda o papel de formulador e organizador da agropecuária estadual nos últimos 20 anos, tarefa realizada pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Clóves Vettorato. Esta semana, o governador iniciou contatos com Estados responsáveis pela maioria da produção agropecuária nacional. Entre estas unidades da Federação estão Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás, Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins. O governador conversou nesta sexta-feira com o ministro da Agricultura.

Maggi afirma que as dificuldades do campo vão chegar na cidade em breve. Nesta segunda-feira (08.05), por exemplo, aproximadamente 200 estudantes, filhos de produtores rurais, farão protesto, às 9 horas da manhã, na Praça Ipiranga, em apoio à série de ações que os produtores já desenvolvem há 15 dias.

Posse Ampa

O novo presidente da Ampa e vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Sergio De Marco, agradeceu o trabalho desenvolvido pelos ex-presidentes, como João Carlos Ribas Pessa, que lhe transmitiu o cargo, José Pupin, o prefeito de Rondonópolis, Adilton Sachetti, e o governador Blairo Maggi.

E informou suas prioridades nos dois anos à frente da associação: trabalho para recuperar a renda dos cotonicultores e para reduzir o nível de endividamento do setor. “Se hoje houvesse a dispensa desses trabalhadores, não teria outra atividade para absorvê-los”, afirmou.

O setor do algodão, enumerou o novo presidente da Ampa, emprega cerca de 140 mil pessoas no Estado e gera receita de R$ 75 milhões por mês, o que caracteriza uma justa distribuição de renda, afirma. Mas ele disse que a área plantada de Mato Grosso foi reduzida na atual safra em 23%, de 427 mil hectares para 350 mil.

De Marco divulgou outros números que merecem a atenção da sociedade sobre a importância do setor algodoeiro, como o fato de Mato Grosso deter 40% da área de plantio, 54% da produção e responsável por 60% da exportação do setor produzido no Brasil.

O ex-presidente João Carlos Ribas Pessa, que agora, junto com os ex-ocupantes do cargo, compõe o Conselho Consultivo da Ampa, destacou a importância da organização democrática da associação; sua credibilidade e a integração com pessoas e entidades.

O presidente da Abrapa, João Carlos Jakobsen Rodrigues, destacou o importante papel de liderança do Estado de Mato Grosso na história da organização do setor, competitividade e qualidade do algodão nacional no mundo. Um contribuição, disse, que mudou a imagem da produção de algodão, a ponto de impressionar o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebello.

Também participaram da posse da nova diretoria da Ampa o secretário da Casa Civil, Antônio Kato, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Homero Pereira, representantes da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (ANEA) e da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), entre outros.

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