sexta-feira, 3/maio/2024
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Governador paulista diz que deixa cargo até abril para disputar presidência

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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), confirmou ontem que deixará o cargo até 1º de abril para tentar concorrer à Presidência da República. Alckmin, que trava uma batalha com o prefeito da capital, José Serra (PSDB), pelo posto de candidato tucano, disse que, fora do governo paulista, estará “à disposição” do partido, mas adiantou que não pretende concorrer a outra cadeira que não seja a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Pela lei, quem quiser ser candidato, se no dia 2 de abril estiver no governo está inelegível. Então nós vamos sair antes”, afirmou o governador, após evento numa escola da zona sul de São Paulo, referindo-se ao prazo de desincompatibilização de quem tem cargo no Executivo para concorrer nas eleições de outubro.

Além de Alckmin, também devem sair do governo estadual vários nomes do primeiro escalão. Até o final de 2005, o governador mantinha aberta a possibilidade de permanecer até o fim do mandato, em 31 de dezembro, caso não fosse o escolhido do PSDB para concorrer ao Planalto.

Nos bastidores, tucanos tentam convencer o governador a deixar o cargo antes de 1º de abril, o que, na visão deles, evitaria que Serra consolidasse sua candidatura à Presidência. Serristas não acreditam que o governador venha a tomar uma decisão tão radical.

Segundo as pesquisas de opinião, o prefeito de São Paulo ficaria à frente de Lula já no primeiro turno e ganharia com boa vantagem no segundo –Alckmin fica atrás do presidente no 1º e empatado tecnicamente no 2º.

“A pesquisa é um instrumento, não é um fator decisivo, mas é um fator orientador”, disse ontem Alckmin, para quem tais levantamentos não serão determinantes na escolha do candidato tucano.

Questionado se concorrerá ao Senado caso não seja escolhido para disputar a Presidência, Alckmin respondeu: “Não. Sou candidato a trabalhar pelo Brasil e gosto do executivo. Sou candidato a presidente da República, vou trabalhar, acho que as coisas estão indo muito bem, estão caminhando naturalmente”, disse ele.

Embora tenha dito que não pretende concorrer a outro cargo, Alckmin também precisaria deixar o governo até 1º de abril caso optasse por concorrer a uma vaga no Senado ou na Câmara.

Alckmin deixará o posto para o qual foi reeleito em 2002, com cerca de 11 milhões de votos, batendo no 2º turno o petista José Genoino -ele havia assumido o governo em 2001, com a morte de Mario Covas. Com Alckmin fora, o vice Cláudio Lembo (PFL) assumirá o Estado por nove meses.

Ainda no evento de ontem, o governador comentou a sucessão estadual, e citou o nome de Gabriel Chalita, seu secretário de Educação, como um dos prováveis candidatos tucanos. Ressaltou que não faria indicação ao posto e, em seguida, citou outros possíveis candidatos do partido.

Interlocutores do governador acreditam que sua disposição em deixar o cargo pode criar um constrangimento para Serra fazer o mesmo. Se o prefeito também deixar o posto, tanto a cidade (com Gilberto Kassab) quanto o Estado de São Paulo seriam administrados pelo PFL.

Já os tucanos ligados a Serra acham que, se Alckmin mantiver a disposição de deixar o posto, poderá encontrar resistências no partido. Fora de São Paulo, segundo as pesquisas, Alckmin está em desvantagem na preferência dos tucanos. O partido acredita que o governador pode arriscar a deixar o cargo e ainda assim não ser escolhido como candidato.

A decisão poderia, ainda, significar uma afronta à direção da sigla, que já se manifestou favorável a uma decisão consensual sobre a disputa. Tanto que contratou pesquisas de opinião para aferir quem seria o candidato com mais potencial para bater Lula.

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