“Foi tapetão”, afirmou, categórico, o governador André Puccinelli (PMDB) sobre a decisão da Fifa (Federação Internacional de Futebol), que escolheu Cuiabá e excluiu Campo Grande da Copa 2014. “Cumprimos os critérios técnicos, o Pantanal é no Estado, o legado da Copa seria para os universitários, a Folha de São Paulo mostrou que temos 2 mil leitos a mais que Cuiabá”, citou o governador durante entrevista ao jornal Bom Dia MS, da TV Morena.
Emocionado, Puccinelli enfatizou que os quesitos técnicos favoreciam a capital. “Foi tapetão, foi politicagem e disseram que não haveria politicagem”, lamentou. Conforme o governador, Campo Grande já ultrapassou Cuiabá e, agora, será a vez de trabalhar para Mato Grosso do Sul ultrapassar Mato Grosso. “Temos o desafio, a honra ferida”. E complementou: “Se nos tiraram a Copa, não nos tiram o Pantanal”. Ontem, a Fifa anunciou as doze cidades que vão sediar jogos da Copa do Mundo 2014: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Obras – Puccinelli afirmou que os projetos para Campo Grande vão continuar mesmo sem a Capital receber jogos, que trariam, em cinco anos, maciço investimento em infra-estrutura. “Não param”, reforçou. Conforme o governador, prosseguem os projetos para ampliar o aeroporto internacional, obras de mobilidade urbana (como a Via Morena) e, quando houver fluxo suficiente, a instalação do VLP (Veículo Leve sobre Pneus).
“Esse planejamento independe da Copa”. Contudo, admite que a velocidade de implantação do VLP vá diminuir sem os jogos do Mundial. Outro que será prejudicado é o estádio Morenão. Com a Copa, o estádio teria R$ 350 milhões para ser transformado em uma arena esportiva. “Não sei se haverá ou não [os investimentos]”. De acordo com Puccinelli, o pacote de obras que lançará terá um projeto emblemático para Campo Grande. O governador, que faz mistério sobre as obras, antecipa que o pacote vai contemplar os setores rodoviários e ferroviários no Estado.
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