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Governador critica Eduardo Bolsonaro e condena polarização política: “não coloca comida na mesa”

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Redação Só Notícias (foto: assessoria)

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), criticou hoje duramente a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e a polarização política que, em sua avaliação, não contribui para a solução dos problemas do país. As falas do governador ocorrem em um contexto de tensões internacionais e processos judiciais envolvendo o parlamentar.

Mendes se referiu aos recentes ataques e declarações de Eduardo Bolsonaro, que, segundo investigações da Polícia Federal (PF), atuou junto ao governo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para incitar retaliações contra o Brasil. Essas ações teriam contribuído para a imposição de sanções econômicas americanas, incluindo um aumento de 50% nas tarifas de importação de produtos brasileiros, uma investigação comercial contra o Pix e sanções financeiras contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

“Ele deve estar se sentindo ferido, magoado e falando pela boca aquilo que deveria sair por outro lugar. Então, eu acho muito ruim esse tipo de ataque, não ajuda em solução de nenhum problema”, declarou o governador, sem poupar críticas.

Mauro também expressou claro descontentamento com o tom da política nacional. “O destempero de algumas lideranças políticas é muito ruim. Isso não contribui com a sociedade. A polarização está sendo muito ruim. Eu estou de saco cheio, com o perdão da palavra, dessa polarização. É uma discussão inútil que, no final do dia, não coloca comida na mesa, não melhora as estradas, não melhora a saúde”.

Em sua fala, o governador argumentou que há qualidades e defeitos em todos os espectros políticos. “Tem virtude na direita, na esquerda e no centro. E tem muita gente que não presta na direita, na esquerda e no centro. Então, temos que fazer uma discussão sobre os problemas do Brasil e as soluções que queremos. Esse tipo de ataque não é bem-vindo e não conspira para nenhuma solução”.

Nesta quarta-feira, a PF indiciou recentemente o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. As investigações apuram a suposta atuação de Eduardo nos EUA para promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do STF.

Eduardo Bolsonaro pediu licença de 122 dias do mandato em março e foi morar nos Estados Unidos, alegando perseguição política. Um pedido de cassação de seu mandato foi enviado à Comissão de Ética da Câmara dos Deputados na última semana. Além disso, o ex-presidente Jair Bolsonaro é réu em uma ação penal no STF que o julgará, em 2 de setembro, por suposta participação em uma trama golpista que visava reverter os resultados das eleições de 2022 e que culminou nos atos de 8 de janeiro de 2023.

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