Os ministros da Agricultura, Neri Geller (PMDB), e da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, Ideli Salvatti (PT), laçaram hoje, em Cuiabá, uma ofensiva para 'virar o jogo' no Estado, no segundo turno, para a presidente Dilma Rousseff, que ficou atrás de Aécio Neves no primeiro turno, cm tucano tendo 76 mil votos a mais. Geller anunciou que nas cidades com forte potencial no agronegócio e municípios pólo haverá debate para comparar o que foi feito pelo governo DIlma e o de Fernando Henrique Cardoso, aliado de Aécio. "A presidente Dilma perdeu nas cidades produtoras do agronegócio. Vamos levar a estes municípios o debate e também mostrar as ações desempenhadas pelo governo federal em prol do setor durante a sua gestão. Temos muito para coisa para mostrar”, afirmou Neri.
“Tivemos muitos avanços, principalmente nas regiões de produção e onde Dilma perdeu. Isso não é justo. Se nós olharmos (e estou em Mato Grosso desde 1984) o quanto nós brigávamos para conseguir BR- 163 e quantos governos vieram para cá e nada fizeram? Agora conseguimos a BR-163 (asaltamento da divisa de Mato Grosso até Santarém, extensão de 900 km que está com cerca de 80% do projeto executado) e estamos levando cinco milhões de toneladas já pelo eixo da BR-163”, defendeu. “Antigamente, tinha crise e o produtor quebrava. Agora não. Agora há uma rede de proteção e que é muito forte. A produção não cresceu a toa. Foi uma política muito bem definida”, comparou.
Geller também avaliou que o fato do governador eleito Pedro Taques (PDT) estar apoiando Aécio Neves influenciou no resultado. "O Pedro fez 58% dos votos em primeiro turno e isso acabou contaminando o processo e nosso entendimento, deve ter ajudado sim, até porque nós estávamos bem tranqüilos também, achávamos que com os números que estavam aí, iríamos ganhar a eleição, agora vamos fazer um enfrentamento para reverter esse jogo”, afirmou.
O ministro evitou criticar o amigo Carlos Favaro, vice-governador eleito e um dos líderes do PP, por ter manifestado apoio para Aécio.