O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), afirmou hoje que já tem provas de que os donos da Planam omitiram informações à comissão. Biscaia tem acompanhado durante o dia de hoje os depoimentos dos empresários Darci e Luiz Antonio Vedoin e Ronildo Pereira Medeiros, no Conselho de Ética do Senado.
Os três donos da Planam são acusados de liderar a “máfia das ambulâncias” e montar o esquema fraudulento de venda de ambulâncias superfaturadas. “Eu já tenho mais do que a convicção que tudo o que eles disseram é verdadeiro, mas eles sonegaram provas. Estou chegando à comprovação de que eles sonegaram algumas coisas”, afirmou Biscaia, que pretende conversar com os empresários para esclarecer os fatos.
Biscaia disse ainda que está buscando um novo contato com a Justiça Federal de Mato Grosso para que os Vedoin sejam alertados de que podem perder o benefício da delação premiada (que permite a redução da pena do réu em troca de informações), caso continuem omitindo informações.
Reunião reservada
No Senado, as testemunhas são ouvidas em reunião reservada sobre os senadores supostamente envolvidos com a “máfia das sanguessugas”: Ney Suassuna (PMDB-PB), Magno Malta (PL-ES), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Antero Paes de Barros (PSDB-MT).
A partir das informações prestadas pelos empresários à Justiça, à Polícia Federal e à própria CPMI, a comissão parlamentar de inquérito concluiu pela participação dos três primeiros senadores citados. A comissão ainda avalia o suposto envolvimento do senador Antero Paes de Barros e designou o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) para dar parecer sobre o processo.