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Fusão renovará quadro de lideranças de partidos, avalia Júlio Campos

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Em curso em todo o País, as tratativas referentes à fusão entre as siglas PTB e DEM devem resultar em um cenário novo em Mato Grosso. Segundo o presidente dos Democratas no estado, ex-deputado federal Júlio Campos, as conversas com o ex-prefeito de Cuiabá, Chico Galindo, presidente do PTB, são no sentido de renovar o quadro de lideranças. Isso significa que, na prática, a presidência do futuro partido pode não ficar sob responsabilidade nem de um nem do outro. “Estamos conversando e vendo a possibilidade de um quadro novo para comandar esse partido aqui no estado. Acho que deve ser alguém jovem e com vontade de fortalecer o partido para as próximas eleições”, defende Júlio Campos.

Segundo Galindo, no âmbito nacional, em que ocorrem as decisões entre as Executivas, tudo caminha para definições até o dia 30 deste mês. As diretorias devem marcar a data das convenções para oficializar a fusão, apesar das divergências e da possibilidade de muitos filiados migrarem para outros partidos, como ocorre com alguns vereadores da Câmara de Cuiabá.

Leonardo de Oliveira (PTB), por exemplo, já manifestou intenção de sair do partido com a fusão. Por outro lado, o presidente da Câmara, vereador petebista Júlio Pinheiro afirma que se sente confortável na sigla e descarta a possibilidade de sair do partido. “Eu sou da executiva regional e tenho amigos na nacional. Estou confortável no PTB e acho que a mudança vai ser boa. Vamos ganhar força nacionalmente”, avalia.

Com a adesão do DEM, o novo partido terá direito a aproximadamente R$ 65 milhões do fundo partidário, o quarto maior valor no Brasil. A nova legenda manterá a sigla PTB, mas com o número do DEM, o 25. No Congresso Nacional, a sigla ganha em tamanho: serão 48 deputados federais e 10 senadores. Não é só o PTB e o DEM que optaram pela fusão das siglas. Dentro do contexto da reforma política, que colocou em debate no Congresso Nacional o fim das coligações, o PPS e o PSB também já anunciaram a junção das legendas. Para muitos parlamentares essa é a tendência até as eleições municipais de 2016.

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