Os servidores municipais de Sinop estão em “estado de greve”. A decisão foi comunicada, em ofício, pela diretoria do sindicato, ao prefeito Juarez Costa. Na quarta e quinta-feiras, haverá dois dias de mobilização e uma parcela expressiva dos 3 mil concursados deve cruzar os braços. É um recado claro que a categoria pode entrar em greve se o percentual de reajuste salarial proposto pela prefeitura não for maior que os 6.48%. A reivindicação é de 15% e já foi descartada sob argumento que não há caixa para bancá-lo. O sindicato manifestou, anteriormente, que aceita os 15% forma parcelada, até o final do ano. A prefeitura se mantém irredutível e já mandou para a câmara projeto de lei concedendo o reajuste.
No sábado de manhã, o secretário de Governo, Ivanildo Ramos Vieira, convocou os secretários para tratar do assunto e “unificar a linguagem”. A preocupação é evitar desgastes políticos para o prefeito. Os secretários devem tentar convencer alguns funcionários a não aderir a mobilização. Os setores de Educação e Saúde -que tem maior número de servidores- podem ser os mais atingidos.
O sindicato ainda não informou se haverá passeatas ou manifesto em frente a prefeitura, como ocorreu mês passado, feito por professores e demais funcionários de escolas municipais. Uma comissão foi recebida pelo prefeito e, além dos salários, reclamou que havia falta de giz, papel e outros materiais em algumas unidades escolares. No manifesto desta semana, também devem ser cobradas garantias de alguns direitos trabalhistas.
A folha salarial em Sinop gira em torno de R$ 5 milhões.