A Frente Parlamentar da Agropecuária tem reunião marcada na próxima terça-feira (25) com o novo ministro da Agricultura, Neri Geller. Na pauta, temas como o Plano Safra, seguro rural e a criação de uma lei sobre agroquímicos.
Segundo o presidente da frente parlamentar, deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), uma das prioridades é tornar mais ágil o processo de licenciamento dos defensivos agrícolas genéricos. "Só em defensivos há hoje cerca de 400 processos parados lá no Ministério da Agricultura que não conseguem andar por falta de gente", disse Heinze.
O ministro será ouvido em reunião-almoço na sede da frente parlamentar, em Brasília (SHIS QL 10 – conjunto 8, casa 6).
Na Câmara dos Deputados, vários projetos pretendem regulamentar o uso de agrotóxicos, seja para liberar ou para exigir maior controle no uso. Por ser um tema polêmico, as propostas tramitam por anos sem que a votação seja concluída.
O deputado Padre João (PT-MG) foi relator da subcomissão da Comissão de Seguridade Social e Família que analisou as consequências do uso de defensivos químicos para a saúde humana e o meio ambiente. Segundo ele, apesar da pressão constante da bancada do agronegócio, os defensivos deveriam ser abolidos.
"A reunião com o ministro da Agricultura tinha que ser para buscar avançar na pesquisa da Embrapa. Uma linha de produzir alimentos sem veneno. Nós podemos avançar, mesmo com o clima que temos. Determinadas propriedades já vêm produzindo em larga escala sem a utilização de veneno", disse Padre João.
De acordo com o deputado, o uso dos defensivos em grandes propriedades acaba prejudicando a agricultura familiar dedicada à produção orgânica porque as culturas acabam atingidas por meio da água e da deriva, quando é feita a pulverização aérea.