Quatro cheques totalizando R$ 19,1 mil teriam sido depositados na conta de André Souza Maggi, filho do senador Blairo Maggi (PR), foram citados pelo presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá, o empresário João Batista Rosa, sócio proprietário de um grupo, mo depoimento prestado à Delegacia Fazendária (Defaz) que conduz as investigações da Operação Sodoma.
Os cheques, de João Batista Rosa, delator do esquema, foram emitidos no dia 25 de julho de 2013, por uma das empresas que integram o grupo. Rosa disse que pagou R$ 2,6 milhões ao ex-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf (PR), para manter o benefício de incentivos fiscais do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic).
Questionado pelos delegados que conduzem as investigações sobre os cheques, o empresário disse que nunca fez qualquer transação financeira com a família Maggi. André Maggi se dedica a atividades empresariais no setor de entretenimento.
Operação
A Operação Sodoma foi deflagrada pelo Grupo Comitê Institucional de Recuperação de Ativos (Cira) para apurar crimes de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro tendo como vítima o Estado. São investigadas irregularidades como pagamento de propina por parte de empresários para serem beneficiados com incentivos fiscais por meio do Prodeic.
A Juíza Selma Rosane Santos Arruda decretou a prisão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) que continua foragido e dos ex-secretários Pedro Nadaf (Casa Civil) e Marcel Souza de Cursi (Sefaz), ambos presos ontem.
Outro lado
A assessoria do senador enviou nota em nome de André Maggi. É apontado que a s cópias dos cheques apreendidos na operação, depositados na conta de André Maggi, referem-se ao pagamento de uma parcela da venda de um terreno na avenida Beira Rio, feito a uma emresa, com sede em Cuiabá, do qual André Maggi era um dos proprietários, juntamente com outras quatro pessoas.
É destacado que “tão logo retorne de viagem, o empresário prestará todos os esclarecimentos necessários, tendo em vista, a operação comercial ter sido feita dentro dos parâmetros legais”.