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Filho de Maggi explica venda de terreno e diz que não se preocupou com origem do dinheiro

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A juíza Selma Rosane está ouvindo, neste momento, o empresário André Souza Maggi, filho do ex-governador Blairo Maggi (PP). Ele confirmou que era um dos sócios do terreno na avenida Beira Rio e o vendeu para a empresa Matrix. Confirmou que houve parcelamento e, inclusive, chegou a ter atraso para receber alguns pagamentos. Explicou que por questões contratuais, após o último pagamento, o terreno seria entregue ao comprador.

No entanto, ao final isso ficou difícil porque o comprador "sumia e nada de aparecer". Foi então que eles fizeram um termo de posse em nome da empresa Matrix do arquiteto José da Costa Marques. Ele relata que ninguém aparecia para receber a escritura. "Pelo que sei ela ainda continua escriturada para os antigos donos com a posse escriturada para eles", relata Maggi. Ele contou ainda que chegou a ter uma invasão no terreno, mas isso foi resolvido logo em seguida.

"Recebi uma parte em dinheiro e outras partes através de depósitos bancários na minha conta", diz o empresário ao explicar que somente a entrada, de cerca de R$ 330 mil, que foi paga à vista. O dinheiro foi repassado pelo arquiteto Costa Marques em seu escritório. "Simplesmente fiz a venda, o contrato foi firmado e conclui que estava tudo bem", detalha ele ao confirmar que consultava o saldo e via que os depósitos estavam ocorrendo regularmente. "A origem do dinheiro nunca me preocupei", ressalta. Quando ocorreu um atraso no pagamento ele conta que acionou o corretor Ricardo França. "Ele dizia que estavam providenciando os pagamentos".

"Quem comprou o terreno foi a Matrix. Eu vi que tem pessoas, tem políticos envolvidos", disse André Maggi quando questionado pela promotora Ana Bardusco se atualmente ele, com base em matérias jornalísticas, já sabe quem são os verdadeiros compradores do imóvel de R$ 13 milhões.

Maggi foi questionado pelo advogado João Cunha, que defende o procurador Chico Lima. Explica sobre valores da transação imobiliária e relata como se deu a venda. "Eu era dono de um terço do terreno. Não era esse negócio exorbitante como colocam o valor do negócio", argumenta. Afirma ainda que nunca teve qualquer contato com o então secretário de Estado, César Zílio, o verdadeiro comprador "oculto" do terreno.

Ele reafimou que todo o contrato foi feito para a empresa Matrix. Esclarece que todas as cláusulas contratuais foram elaboradas para que a posse do imóvel e escritura fossem para a Matrix ao término dos pagamentos.

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