
De acordo com o diretor administrativo e financeiro do Sinduscom, Júlio Flavio Campos, obras de oito mil casas já foram paralisadas por conta do atraso. Os empresários pediram para que o vice-governador intermedeie uma reunião junto ao ministro das Cidades, Gilberto Kassab, para normalizar os repasses.
Entendendo a sensibilidade do assunto, Fávaro se reunirá, hoje, com o ministro em Brasília. “Vamos pedir o empenho do ministro para que Mato Grosso receba os repasses nos prazos estabelecidos, para que sejam regularizados. Com essa garantia as empresas poderão continuar as obras e o programa ser viabilizado. Também a garantia de recursos para construção de novas casas, além de abrir esse canal de diálogo”.
Uma opção vista pela classe e apontada pelo governo federal seria o empréstimo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) ao Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), já que o FGTS detém R$ 380 bilhões. Essa solicitação também será trabalhada junto com à bancada federal de Mato Grosso.
Para solucionar o problema, o governo solicitou informações sobre as contrapartidas do Estado que estão em atraso. Conforme Fávaro, o governador Pedro Taques afirmou que não acabou o recurso para contrapartida em Mato Grosso, e que o Estado, por meio das secretarias competentes, vai analisar o repasse desses recursos.
As empresas deixaram de assinar contratos para construção de 20 mil unidades, por não terem condições financeiras e a incerteza de receber pelo serviço. Somada a paralisação das obras, a situação gera o desemprego de aproximadamente 15 mil trabalhadores no estado.


