
Fávaro ressaltou que os projetos ambientais não foram elaborados pelo Executivo e que outros assuntos, como a prorrogação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), tema estritamente ligado aos deputados, foi deliberada na sessão. “Vale lembrar que esta não foi uma sessão extraordinária, mas ordinária. Ou seja, o assunto foi colocado em pauta em uma sessão definida pelo regimento. Os projetos ambientais são de autoria do deputado Dilmar, não foram feitos por nós”.
Ele explicou que a única participação do Executivo foi uma consulta, feita por Dilmar, à equipe técnica da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), que considerou positiva a mudança proposta pelo parlamentar. “A única participação do Executivo foi a consulta técnica, que considerou que os projetos contemplam a modernização da legislação ambiental de Mato Grosso. Isso poderia ter sido votado em agosto, tranquilamente. Como o Executivo não tem recesso, ganhamos tempo, foi importante, a Assembleia cumpriu seu papel. Na minha opinião, se fez muita polêmica com outro enfoque”.
Fávaro rejeitou comentar o possível mal-estar criado entre os deputados, uma vez que a Assembleia encontra-se em “recesso branco”, período em que não são realizadas sessões, com o presidente, inclusive, em viagem ao exterior após limpar a pauta de votação. “Divergências sobre como se deu a sessão não nos cabe falar. Isso criaria uma polêmica desnecessária”.
Sobre as propostas apresentadas por Dilmar, que contaram inclusive com a aprovação de parlamentares de oposição, Fávaro salientou que eles não atendem a determinados setores, mas sim toda a população de Mato Grosso, uma vez que modernizam aspectos ligados ao licenciamento ambiental. “A legislação tem diversos pontos arcaicos e os projetos foram propostos no sentido de melhorar isso”.
Como exemplo, ele cita a proposta que desobriga a emissão de Estudo de Impacto Ambiental para pequenas usinas de produção de etanol a partir do milho. Antes, os empreendimentos eram submetidos ao mesmo rito adotado para a implantação de usinas que produzem álcool a partir da cana de açúcar. “Ocorre que o etanol de milho não tem potencial poluidor, o que sobra do processo é usado na alimentação de animais. Então, não é necessário este estudo”.
Outro projeto convalidou um decreto que desburocratizou o setor madeireiro, com a ampliação da validade da inscrição das áreas de extração de madeira no Cadastro de Consumidores de Produtos Florestais (CC-Sema). “Esse foi um pedido do setor, que aceitou pagar mais, mas ter o documento com uma validade maior. Antes, ele vivia renovando este documento”.
O último projeto alterou exigências para a extração de minérios em Mato Grosso.


