Dando prosseguimento há uma série de ações que visam melhorar a segurança da população sorrisense, a câmara realizou uma udiência pública sobre o tema, ontem. O delegado Enio Carlos Lacerda falou da ausência de infra-estrutura humana e que a Polícia Civil conta com apenas sete investigadores, dois escrivões e um delegado, sendo que são divididos em três plantões. Segundo ele, mesmo com as deficiências, cerca de 80% dos casos são elucidados. Durante o primeiro semestre, registrou 1.259 ocorrências.
O comandante da Polícia Militar, tenente-coronel Adriano Denardi, informou que o efetivo conta com 56 homens, mas que destes, somente 33 estão na ativa. Segundo Denardi, o número de ocorrências reduziu no município. Foram 1.124 ocorrências gerais e 252 de trânsito, das quais a maioria cometidas por menores. Denardi disse que, mesmo estando com número bem abaixo do exigido pela ONU, que seria de 340 homens, ele trabalha com uma equipe bem treinada.
A Policia Rodoviária Federal (PRF) também mostrou excesso de trabalho e pouca estrutura. A juíza Débora Pain Caldas falou sobre os trabalhos realizados pelo Judiciário e destacou que esse é um problema social, e que 80% dos que ingressam nas unidades prisionais são de baixa renda e de escolaridade zero. “Somos parceiros em combate a criminalidade”, enfatizou.
O comandante do Corpo de Bombeiros, Dércio Santos, também apresentou números preocupantes no trânsito e declarou que a maioria dos chamados de emergência são referentes a imprudência. Das 156 ocorrências registradas mensalmente, 40% são de acidentes.
A audiência foi requerida pelo vereador Santinho Sarleno. Também participaram o vereador Wanderley Paulo (PP), o secretário municipal Elso Rodrigues (representado o prefeito Dilceu Rossato), o inspetor da PRF, Ismael Lemes Viera; o deputado estadual José Domingos Fraga Filho (DEM) e diversos representantes da sociedade civil organizada do município, além de acadêmicos, estudantes e moradores.