O deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) vai pedir ao presidente nacional do seu partido, ministro Gilberto Kassab, autorização para deixar a sigla e aderir ao PMDB, partido escolhido pela história de luta. Descontente com a ideologia do Partido Social Democrático, Fabris analisa os caminhos jurídicos viáveis para que a sua liberação não incorra na lei da fidelidade partidária. Para ele, a aprovação da Reforma Política no Congresso Nacional seria uma alternativa viável.
“Estava esperando a questão da janela, prevista na Reforma Política, mas que até o momento ninguém sabe ao certo como será e que pode se arrastar por meses ou ano. Não acontecendo essa abertura, vou pedir ao ministro Kassab que considere meu caso como ‘persona non grata’ e assine a minha desfiliação. Na condição de persona non grata fico livre de ações judiciais relativas à lei da fidelidade partidária”.
A decisão de Fabris foi anunciada, esta manhã, após a sessão plenária, onde o parlamentar também discursou para cobrar da Mesa Diretora a retomada do pagamento da Unidade Real de Valor (URV) aos servidores da Assembleia Legislativa e a liberação do estacionamento da Assembleia Legislativa.
O parlamentar também informou que a sua escolha pelo PMDB se refere à trajetória de luta do partido. Em conversa com jornalistas, hoje, lembrou o início da carreira política onde militou no arco de aliança da direita. Escolha feita pela fidelidade e companheirismo ao ex-deputado federal Júlio Campos.
Já em relação ao novo partido, disse que está satisfeito pelos convites que recebeu de vários membros do PMDB, inclusive, o apoio do presidente regional, Carlos Bezerra. “Sempre tive um discurso muito parecido com o do PMDB, pois sou combativo. Por isso, sempre fui um entusiasta desse partido”.
Considera este o momento para a mudança de sigla, especialmente, porque a região Sul e a Baixada Cuiabana não têm representante na Assembleia Legislativa. Além disso, é um partido forte e organizado com significativa representatividade nos governos, inclusive, mantém diretórios em todas as regiões.
“O PMDB é um grande partido e mesmo diante das dificuldades demonstrou muita força política com a participação em quase todos os governos. É organizado e discute alianças dando apoio aos seus correligionários. Eu nunca tive um partido assim e agora chegou o momento”.