Os ex-secretários de Estado de Indústria e Comércio, Pedro Nadaf, e de Fazenda, Marcel Souza de Cursi, foram presos, esta tarde, durante a operação Sodoma. A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) confirmou, ao Só Notícias, que a justiça também determinou a prisão preventiva do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). No entanto, o mandado não foi cumprido e ele é considerado foragido.
Segundo a assessoria, onze mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas residências dos ex-secretários Nadaf, Cursi e também do ex-governador, além da Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio), uma empresa de assessoria consultoria, e ainda nas residências de três parentes dos suspeitos, que foram conduzidos coercitivamente até a Delegacia de Combate à Corrupção para prestar declarações.
Além dos mandados de prisão preventiva e busca e apreensão, foram cumpridas duas medidas cautelares restritivas, conhecidas como monitoramento eletrônico, em desfavor de Karla Cecília de Oliveira Cintra e Silvio Cezar Correa Araújo.
Silval Barbosa foi convocado para comparecer, esta tarde, à sede da Assembleia Legislativa para dar depoimento aos deputados estaduais da CPI da Sonegação Fiscal e não compareceu.
Ainda segundo a assessoria, a operação é o resultado de um inquérito policial que investiga uma organização criminosa composta por agentes públicos que ocuparam cargos do alto escalão do governo do Estado nos anos de 2013 e 2014, na gestão do ex-governador Silval Barbosa, e apura crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
A operação foi deflagrada pelo grupo operacional do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), força-tarefa permanente composta pela Delegacia de Combate à Corrupção, Ministério Público Estadual, Secretaria de Estado de Fazenda e Procuradoria Geral do Estado, com apoio do Sistema de Inteligência do Estado.
O secretário-geral do Cira, promotor Fábio Galindo, informou que a operação ocorre no curso da investigação criminal iniciada há mais de quatro meses e está amparada em robusto acervo de provas da participação dos investigados e mediante minuciosa análise de dados e de documentos, dentro das mais modernas técnicas de inteligência. Ele disse ainda que agentes policiais estão agindo nos estritos termos da Lei e em cumprimento à ordem judicial expedida pela Vara de Combate ao Crime Organizado de Cuiabá.
O nome da operação é uma referência à cidade de Sodoma, que foi destruída em razão dos elevados níveis de corrupção praticada pelos seus moradores.
(Atualizada às 20h40)