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Ex-secretário estadual nega ter vendido área duas vezes ao governo do Estado

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Alvo da operação “Seven” deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (GAECO), o médico e ex-secretário de Estado, Filinto Corrêa da Costa, nega ter vendido uma mesma propriedade ao Estado duas vezes. Ele também contesta o trabalho de investigação bem como a decisão da juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda, que acatou os argumentos e decretou a prisão preventiva de quatro pessoas e determinou que Filinto seja monitorado por tornozeleira eletrônica.

Em nota, Filinto Corrêa afirma que jamais venderia a mesma área por duas vezes e diz que os veículos que divulgam a informação passada pelo Gaeco estão reproduzindo-as “erroneamente”. Argumenta ainda que existe “um grande equívoco por parte dos responsáveis pelas conclusões da referida investigação”. O médico também nega ter levado algum tipo de vantagem indevida no contrato de compra e venda firmado com o Estado em dezembro de 2014 no término do mandato de Silval Barbosa (PMDB).

Por fim, o ex-secretário de Saúde e da Casa Civil nos anos 90 sustenta não existir nada que desabone ou que macule a sua conduta profissional, e pessoal, em todos os seus 73 anos de vida. Dessa forma, diz estar tranquilo e disposto a prestar qualquer outro esclarecimento que qualquer autoridade precise e julgue necessário.

O fato é que os promotores de Justiça do Gaeco e um delegado da Polícia Civil ao representarem pelas prisões preventivas dos investigados, afirmam em detalhes que a área de 11,4 mil hectares, que antes pertencia a Filinto Corrêa foi vendida duas vezes ao Estado.

Por sua vez, a juíza Selma Rosane acatou os argumentos e decretou as prisões preventivas do ex-governador Silval Barbosa, do ex-secretário chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, do ex-presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Afonso Dalberto, e do coronel da Polícia Militar, José de Jesus Nunes Cordeiro, que à época dos fatos era secretário-adjunto na Secretaria de Estado de Administração (SAD) e segundo as investigações, elaborou o parecer de avaliação da área objeto do Decreto Estadual número 2.595/2014 assinado por Silval e Nadaf autorizando a compra da área e o pagamento de R$ 7 milhões.

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