Aguardando ainda o julgamento de seis pedidos de exceção de suspeição contra o juiz da 5ª Vara da Justiça Federal em Mato Grosso, Jeferson Schneider, a defesa do ex-secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes (PHS), tenta uma nova investida para afastá-lo do julgamento das ações em que ele é acusado. Os pedidos apresentados em maio deste ano foram rejeitados pelo magistrado e estão conclusos para julgamento no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), sob relatoria do desembargador Mário César Ribeiro, desde 15 de maio.
Já o novo pedido de suspeição, protocolado na semana passada, ainda deverá ser apreciado por Schneider. Neste caso, a suspeição foi proposta contra a ação decorrente da nova prisão do ex-secretário, em 1º de abril, quando a Polícia Federal (PF) apontou que Eder reiterava na prática dos crimes investigados na Operação Ararath.
Ele foi acusado de tentar ocultar bens, transferindo imóveis e automóveis a familiares, inclusive menores, mesmo após a decisão da Justiça Federal que determinou o bloqueio dos mesmos. Na ocasião, sua defesa apresentou, ainda durante o depoimento do ex-secretário na PF, os documentos que comprovariam a legalidade das transações.
Desde então, foi proposto um Habeas Corpus para tentar revogar sua prisão. O recurso já tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), sob relatoria do ministro Dias Toffoli, mas devido ao recesso na Corte, não há previsão para julgamento.