domingo, 5/maio/2024
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Ex-secretário Eder Moraes diz que entregou R$ 2,5 milhões nas mãos de ex-conselheiro Alencar Soares

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 Um relatório da Polícia Federal, que integra as investigações da Operação Ararath, revela que o ex-secretário de Estado Eder Moraes entregou pessoalmente ao então conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), Alencar Soares, R$ 2,5 milhões. O valor, repassado em cheques, segundo Eder, era parte do pagamento da vaga, que seria destinada ao atual conselheiro Sérgio Ricardo, afastado do cargo nesta semana por decisão judicial.

Ambos tiveram indisponibilizados seus bens, junto com outros sete agentes políticos, entre eles o ministro da Agricultura Blairo Maggi, em até R$ 4 milhões. Ao promotor de Justiça Marcos Regenold Fernandes, do Ministério Público Estadual (MPE), o ex-secretário apresentou uma nota promissória no valor de R$ 4,5 milhões. No verso do documento, há anotações com as prováveis destinações dos valores, segundo a Polícia Federal.

Entre as anotações, o valor de R$ 2,5 milhões vem seguido do nome de Alencar. “Onde consta uma anotação de R$ 2,5 milhões para Alencar Soares, esse valor se refere a uma parcela do total de R$ 8 milhões, que se destinava ao pagamento para a venda da vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Ou seja, o então conselheiro Alencar Soares recebeu esse valor para deixar o Tribunal de Contas”, diz Eder em trecho do depoimento.

Segundo ele, os cheques eram emitidos pelo empresário Junior Mendonça, que também estava presente nas ocasiões em que eram entregues os mesmos.

Ele afirmou que o pagamento foi feito de forma antecipada, pois já estava sendo programada a saída do conselheiro.

As parcelas começaram a ser pagas à época da primeira promissória, datada de 20 de novembro de 2008, e foi encerrada assim que Alencar deixou o TCE.

“Participei de todas essas negociações em razão de que também nutria o interesse em assumir, posteriormente, uma vaga como conselheiro. Naquele momento o governador Silval Barbosa estava sob forte pressão da Assembleia Legislativa e a vaga no TCE era da Assembleia Legislativa”, diz o documento.

 

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