Com um paletó escondendo o rosto e se esquivando da imprensa, o ex-secretário Eder Moraes (PMDB) deixou a sede da Polinter em Cuiabá, hoje, por volta das 11h30. Preferiu não falar com os jornalistas e também para evitar que fossem feitas imagens ou fotos, um carro utilitário foi colocado dentro do pátio para entrar. De acordo com o advogado Paulo Lessa, ele estava muito emocionado e ia para casa ficar junto da família. A medida restritiva que o impedia de se aproximar de sua esposa, Laura Tereza da Costa Silva, também ré no mesmo processo, foi revogada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), José Antonio Dias Toffoli, o mesmo que o concedeu liberdade, ontem à noite.
A defesa acredita que a prisão decretada pelo juiz Jeferson Schneider da 5ª Vara federal de Cuiabá foi abusiva, mas destacou a decisão do ministro Toffoli. A demora para a liberação de Eder, segundo o advogado, foi em virtude problemas na emissão do alvará de soltura que foi entregue na Polinter pelo oficial de Justiça por volta das 11h20.
De acordo com o advogado, Eder pretende falar com a imprensa no decorrer da próxima semana. Disse que ele está tranquilo e convicto de que vai provar sua inocência no processo que originado pela Quinta Fase da Operação Ararath, onde é réu por crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, fraudes e ocultação de bens.
Antes de ser preso no dia 20 de maio, pela Polícia Federal, Eder estava trabalhando para ser candidato a deputado estadual pelo PMDB, mas agora depois da prisão que durou 80 dias, o advogado disse que não vai mais ser candidato nas eleições de outubro próximo.


