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Ex-secretário adjunto de Fazenda é acusado de esquema no Detran

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O ex-secretário adjunto de Fazenda, Vivaldo Lopes, é acusado de usar de sua empresa de assessoria para “lavar” o dinheiro de propina recebida em um esquema operado no Departamento Estadual de Trânsito (Detran) durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). A acusação faz parte da delação do empresário Antônio Barbosa, irmão de Silval, firmada com a Procuradoria-Geral da República. Antônio diz que foi procurado no seu escritório, em 2011, por Vivaldo que buscava informação se o ex-governador Silval estava recebendo participação no esquema do lacre do Detran. Na época Vivaldo trabalhava com Eder Moraes e essa captação era feita pelo deputado estadual Mauro Savi (PSB) que ‘falava que dividia com Silval Barbosa, por isso Vivaldo Lopes queria certificar essa informação”, diz trecho da delação.

Ainda na reunião, Vivaldo contou que o esquema do lacre gerava uma propina entre R$ 65 mil e R$ 80 mil através do pagamento de R$ 4 por lacre. “A empresa contratada pelo Detran repassava a quantia mensal a uma empresa de assessoria do próprio Vivaldo Lopes e este sacava a quantia e entregava ao deputado Estadual Mauro Savi”.

Antônio afirmou ainda que não sabia do esquema e procurou seu irmão Silval, que afirmou que também não tinha conhecimento “mas que já estão falando que estava recebendo, Silval Barbosa determinou ao declarante para que ‘fosse para cima’ e pegasse sua cota, uma vez que ainda tinha dívida de campanha e despesas com deputados Estaduais”.

Em uma segunda oportunidade, Antônio disse que Vivaldo o procurou e acertaram que ele repassaria metade da propina a Mauro Savi e outra parte ao Silval. O repasse começou a ser feito em 2011 à medida que a assessoria de Vivaldo recebia do esquema. Os pagamentos variavam de R$ 30 mil a R$ 40 mil em espécie. Desse modo, houve o encerramento do contrato com a empresa de assessoria de Vivaldo, que efetuou somente três pagamentos a Silval em 2014. De acordo com Antônio Barbosa, os pagamentos feitos por meio de Vivaldo Lopes geraram um total aproximado de R$ 210 mil.

Outro lado
Vivaldo Lopes divulgou nota rebatendo as acusações. "Com relação à parte da delação do senhor Antonio Barbosa tornada publicada e que cita o meu nome esclareço:
1. As afirmações são mentirosas e confusas vindas de criminoso confesso e desesperado em livrar-se de seus próprios mau feitos. Confunde recebimento de honorários profissionais com propina.

2. Prestei serviços profissionais de consultoria à empresa por ele citada, cujo escopo foi a elaboração de plano de negócios, estudo de mercado e viabilidade econômica nos anos de 2006 e 2007. Os pagamentos que recebi do consórcio empresarial fornecedor de solução tecnológica de lacres digitais ao Detran/MT referem-se a honorários profissionais de serviços estabelecidos em contrato, assinado em 2007 com cláusula de êxito.

3. Os pagamentos foram efetuados em conta bancária de minha empresa, após a emissão das respectivas notas fiscais de serviços e recolhidos os tributos municipais e federais, registrados em balancetes anuais e declarados à Receita Federal do Brasil. Esclareço, que nunca repassei qualquer valor a quem quer que seja, muito menos ao Sr. Antonio Barbosa para esse fim.

4. Cópias das notas fiscais, balancetes mensais e declarações anuais entregues à Receita Federal do Brasil estão à disposição da justiça para os devidos esclarecimentos".

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