
O teor do depoimento prestado pelo ex-prefeito e o que os policiais federais apreenderam na casa dele não foram revelados. Farias foi prefeito do município por três mandados. Segundo informações da assessoria da PF, a fraude no Fundo de Previdência foi realizada um mês antes do término do mandato do ex-gestor municipal, sem as formalidades legalmente impostas.
A Polícia Federal informou que o valor desviado foi aplicando em um fundo de investimento notoriamente deficitário, o ADINVEST, conforme publicação do Banco Central e da Comissão de Valores Imobiliários (CVM). Os mesmos não possuíam a legitimidade para a aplicação dos valores, mas sim, o secretário de Administração. Não foram realizadas as consultas necessárias ao Comitê de Investimento e Conselhos de Administração Fiscal e a respectiva Autorização de Aplicação e Resgate também não foi assinada, consoante determina a lei complementar municipal que rege a matéria.
No intuito de dissimular/ocultar a fraude, os agentes públicos ainda fizeram o valor desviado transitar por diferentes contas bancárias até a definitiva aplicação ruinosa, fazendo declarações falsas no último balancete que produziram antes do término do mandato, afirmando que o valor (R$ 6 milhões) se encontrava nas contas do Barra Previ.


