sábado, 18/maio/2024
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Ex-prefeito de Lucas vai com Dilma a Bélgica e diz que acordo beneficia MT

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Representante de Mato Grosso na comitiva liderada pela presidente Dilma Rousseff (PT), que foi a Bruxelas (Bélgica), para discutir o acordo de livre comércio do bloco europeu com o Mercosul, o empresário e ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Marino Franz, afirmou que o acerto bilateral, ainda em diálogo, vai beneficiar Mato Grosso. As conversações com líderes europeus tiveram início em 2000 e podem ser concluídas até o final deste mês.

Marino destacou que Mato Grosso pode se beneficiar devido ao grande potencial que tem para exportar produtos com valor agregado. “Esse acordo que já vem sendo costurado há vários anos é importantíssimo para o Brasil e principalmente para nossa região, pelo potencial que temos de exportar produtos de valor agregado. Não estamos acessando esse mercado, que é o mais forte do planeta, são 22 países, 510 milhões de habitantes, um grande PIB e com o Mercosul vai para 750 milhões de habitantes”, explicou.

Franz defendeu o acordo diante do mercado potencial que Mato Grosso e também o país podem aproveitar, além de ter compradores garantidos para o que é produzido. “Em relação às exportações brasileiras, em 2013, exportamos R$ 3 bilhões de dólares a mais (o que vem caindo). Por que está acontecendo isso? Porque não têm acordos estratégicos e cada vez  mais, os grandes blocos econômicos estão fazendo parceria e quem não tiver, vai ficar a mercê. Vai ter produto mas não vai ter mercado. 36% do nosso negócio com a Europa hoje ainda é complexo soja, isso é pouco”.

Apesar da realidade nacional não ser favorável, últimos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior apontam que Mato Grosso movimentou junto à União Européia, em janeiro, US$ 140,9 milhões contra US$ 103 milhões no mesmo período do ano passado, o que pode aumentar.

Contudo, apesar da expectativa com o acordo, Franz destacou que os europeus demostraram preocupação em relação a infraestrutura do país e a burocracia. “Apresentaram muitas queixas, como infraestrutura, o custo Brasil muito alto, a carga tributária que inviabiliza muita coisa. A questão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância em Saúde) que não libera o registro de moléculas, um produto que está atestado na Europa há 10 anos e quando a mesma empresa vem comercializar no Brasil, perde 10 anos, perde agricultura ou registra o produto para soja e não para o produtor de melância, melão”.

Até a finalização do acordo, Marino Franz apontou que o país ainda precisa melhorar muito, principalmente no tocante a estrutura das estatais e também órgãos públicos basicamente ligados à agricultura. “O Brasil está evoluindo, mas não basta o primeiro escalão do governo estar com metas claras, se segundo, terceiro e quarto escalão, que tem muita força, não mudar a cabeça. Temos muitos órgãos, falando mais do governo federal, que estão muito atrasados. São funcionários públicos concursados que estão lá há 20,30 anos, que não consegue tirar, evoluir. A situação de gestão é muito difícil”.

O encontro entre lideranças brasileiras e europeias aconteceu na semana passada.

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