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Ex-ministro Neri Geller depõe na PF em Rondonópolis e defesa ajuíza habeas corpus

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Só Notícias/Editoria (foto: arquivo/assessoria)

O ex-ministro da Agricultura e deputado federal eleito Neri Geller (PP) prestou depoimento, hoje, em Rondonópolis, na Polícia Federal, sobre a investigação da Operação Capitu/Lava Jato, onde é acusado de receber propinas da JBS quando era ministro, em 2014, no governo Dilma. Ele deve ficar preso em Rondonópolis e não será transferido para Belo Horizonte (MG) onde está centralizada a operação.

Há pouco, a assessoria jurídica de Geller divulgou nota esclarecendo que, “após o interrogatório prestado e o pedido de Habeas Corpus sendo protocolado, a busca agora é pelo acesso ao inteiro teor do processo e ao objeto da denúncia, para só então, se manifestar. O deputado está tranquilo, à disposição da Justiça, e confiante que a verdade se restabelecerá”, informa o advogado Flavio Barra

Geller estava em Rondonópolis, onde teria compromisso, quando foi preso por policiais federais. Na delação do diretor da JBS, Florisvaldo de Oliveira, ele é acusado de receber no gabinete no ministério, R$ 250 mil da empresa para manter o esquema beneficiando a JBS, iniciado quando o ministro era Antonio Andrade, atual vice-governador de Minas Gerais, também preso hoje. A Polícia Federal informou que a acusação era que Geller teria recebido outros valores mensais, estimados em R$ 250 mil.

Conforme Só Notícias já informou, a polícia investiga sobre supostos pagamentos de propina por parte da JBS para servidores públicos e políticos que atuavam direta ou indiretamente no ministério da Agricultura em 2014 e 2015, quando Antonio Andrade era ministro, para aplicar medidas que beneficiassem a JBS, em detrimento dos concorrentes do grupo. Segundo a polícia, a JBS teria pago R$ 2 milhões, por exemplo, pela regulamentação da exportação de despojos e R$ 5 milhões pela proibição de um remédio para parasitas de longa duração”. A PF informa que em maio deste ano foi aberto inquérito, baseado em declarações prestadas pelo doleiro Lúcio Bolonha Funaro, sobre supostos pagamentos de propina a servidores públicos e agentes políticos que atuavam, direta ou indiretamente, no ministério. A Polícia Federal também apurou doações oficiais feitas por empresas vinculadas e administradas por um empresário do ramo de supermercados, nas eleições de 2014, de quase R$ 8,5 milhões. E que teria havido também, por parte do grupo empresarial, o financiamento ilegal de campanha de um deputado federal para a presidência da Câmara dos Deputados (Eduardo Cunha), em troca de atendimento dos interesses corporativos do grupo no ministério, sendo de R$ 30 milhões o valor solicitado para tal financiamento (que seriam divididos entre o MDB nacional e o de Minas). Desse total, o deputado teria destinado R$ 15 milhões a um deputado Federal mineiro de seu partido.

Neri Geller entrou no ministério em 2013 como secretário Nacional de Política Agrícola. Em seguida, foi nomeado ministro em março de 2014, durante o governo de Dilma, sucedendo Antonio Andrade que saiu para disputar as eleições. No atual governo, de Michel Temer, Neri foi convidado pelo ministro Blairo Maggi e voltou a ser secretário de Política Agrícola, deixando o cargo em abril para disputar as eleições e foi eleito, mês passado, deputado federal por Mato Grosso.

O sócio da JBS Joesley Batista voltou a ser preso hoje acusado de ocultar informações do esquema, assim como o executivo Ricardo Saud, o deputado João Binafo, de Minas Gerais, que na época dos fatos era deputado federal, o advogado mato-grossense Rodrigo Figueiredo, que foi secretário de Defesa Agropecuária em 2013 no Ministério da Agricultura, o ex-deputado Eduardo Cunha (que já está preso)

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