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Ex-ministro do STF diz em Rondonópolis que não será candidato à presidente da República

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O ex-ministro e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, esteve na cidade mato-grossense, hoje, proferindo uma palestra com o tema “As instituições do Estado democrático de direito em tempos de crise” na abertura de uma feira de negócios. Ao ser indagado por um participante, ele negou que será candidato à Presidência da República na próxima eleição, disse estar feliz na iniciativa privada e já deu sua contribuição no setor público.

Em sua palestra, deu uma aula de como é estruturado os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e de como essas esferas devem atuar de forma independente e harmônica. “O chefe do executivo não é senhor absoluto, ele deve agir em harmonia com os outros poderes. O sistema é concebido à luz de um controle mútuo. Tudo com o intuito de impedir que o poder se exceda; impedir que haja abusos no exercício do poder”.

Para governar, alertou o ex-ministro, o presidente da República precisa do apoio do Congresso Nacional. “É verdade que o presidente tem como influenciar o Congresso e trazê-lo para seu lado. Isto, de posse de talento político, carisma e efetiva identificação com a maioria da população. Quando ele [o presidente] não tem essas virtudes, se torna refém do Congresso”.

Nesta linha, ao responder perguntas dos participantes, Joaquim Barbosa disse que não acredita no impeachment da presidente Dilma. “Para a abertura de impeachment é preciso que haja provas de crime de responsabilidade. E depois será preciso os votos de dois terços dos deputados [federais]. Acho difícil”. A Câmara dos Deputados possui 513 deputados.

Sob forte aplauso da plateia, outro participante perguntou ao jurista se ele será candidato à Presidência da República. “Não”, respondeu, categórico. Depois, complementou dizendo que está feliz na iniciativa privada e que já deu sua contribuição.

Conhecido por sua forte atuação contra a corrupção no Brasil, Joaquim Barbosa foi presidente da corte do STF entre 2012 e 2014. Em 2013 foi eleito pela Revista Time uma das cem pessoas mais influentes do mundo e incluído em uma lista de 10 brasileiros que foram notícia no mundo, elaborada pela BBC Brasil.

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