O ex-prefeito e ex-governador de Mato Grosso, Rogério Salles afirmou hoje que é candidato a prefeito pelo PSDB e que o ninho tucano define amanhã uma estratégia para ampliar o número de filiados de forma a compor uma chapa de peso de candidatos a vereadores. A afirmação saiu depois que Rogério teria cogitado uma propensa candidatura a vereador. Para ele, não há demérito na corrida por uma vaga na Câmara Municipal, mas o projeto não faz parte dos seus planos. “Sou candidato a prefeito. Vou trabalhar por um projeto próprio do PSDB”.
Rogério explicou que está propondo uma nova forma de fazer política sem mega-estruturas e sem gastos exorbitantes. Ele admitiu que não tem R$ 4 a R$ 5 milhões para gastar numa eleição a prefeito e que mesmo se tivesse este dinheiro não aplicaria na política porque não teria como recupérar o investimento. Para ele, a forma correta de se fazer política é pedindo voto, fazendo reuniões e andando pela cidade.
De acordo com ele, o mega-partido em que está se tornando o PR vai começar a ficar saturado dentro de pouco tempo, isto porque a chapa de vereadores possui nomes fortes e os pequenos não terão chances de se elegerem lá dentro. “Hoje estamos tendo problemas porque quando conversamos com as pessoas elas procuram saber da estrutura. Não temos estrutura, temos uma forma nova de fazer política que deu certo na candidatura a Senado e deve dar certo novamente. No PR não vai ter lugar para todo mundo e as pessoas vão ter que pensar em alternativas e estaremos prontos”, ressaltou.
Salles lembrou que não há possibilidade alguma do ninho tucano se unir aos republicanos. A determinação é da Executiva estadual e exclui também o PT. Mas se existem determinações pela não aliança, existe a simpatia e as conversas com PMDB e PPS. Quanto a uma união com Zé Carlos do Pátio (PMDB) e Percival Muniz (PPS), Rogério não vê nenhum problema, mas disse que apesar das conversas estarem fluindo, a proposta do PSDB é por candidatura própria. “Podemos perder, mas estaremos fortalecendo do partido para 2010”.
Salles, que já foi prefeito em Rondonópolis e governador do Estado ficou afastado por anos da política e chegou a anunciar sua aposentadoria. Voltou à cena como candidato ao Senado nas eleições passadas onde conseguiu mais de 53 mil votos em Rondonópolis e são estes votos que ele quer conquistar para prefeito.