O megaempresário do ramo da produção de soja, Eraí Maggi (PP), confirmou sua intenção de migrar para o PSD, presidido no Estado pelo vice-governador Carlos Fávaro. A desfiliação do PP e eventual adesão ao PSD deve ocorrer, segundo ele, no primeiro trimestre do próximo ano. ‘Tudo está encaminhado e deve ser esta a condução que darei. Mas ainda dependemos de alguns encaminhamentos, devendo me filiar no primeiro trimestre do próximo ano’.
O presidente do diretório regional do PP, deputado federal Ezequiel Fonseca, já teria sido comunicado. Nos bastidores se comenta a possibilidade de Eraí estar, em conjunto com líderes do PSD, planejando disputar o pleito de 2018 para uma das duas vagas que serão abertas à senatória. No momento, ele prefere resguardar o projeto. ‘Não tenho a meta neste momento de disputar cargo eletivo. Já cogitaram essa possibilidade em outras oportunidades e eu sempre lembrei que estou fazendo parte do contexto político porque acredito que tenho o dever de ajudar meu Estado e o país’.
Os rumos políticos de Eraí não geram surpresa se analisados os passos dados por Carlos Fávaro, ex-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja). Eraí é um dos maiores apoiadores de Fávaro, que deixou o PP para assumir o comando do PSD no Estado. Fávaro, assim como Eraí, é defensor veemente de avanços na infraestrutura para melhorar as condições da cadeia do agronegócio.
Para o megaempresário, é necessário que o setor produtivo de Mato Grosso, dada a sua importância na balança comercial do país, possua representantes de envergadura na política. Mesmo que não admita a chance de pleitear o Senado nessa fase, Eraí já é nome posto no PSD, com defesa de correligionários que apostam nessa via para assegurar cadeira no Congresso no pleito de 2018.