Representantes do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) vão protocolar denúncia, esta tarde, no Ministério Público Estadual sobre o uso de servidores públicos nas campanhas municipais. Conforme o coordenador do MCCE, Antônio Cavalcante, o "Ceará", inúmeras denúncias têm chegado a entidade. "Todos os dias, recebemos pelo site do MCCE as informações de que servidores estariam à disposição de deputados, mas se empenham nas campanhas municipais, o que não é permitido pela Lei Eleitoral".
O MCCE pede a instauração de um procedimento investigatório com vistas a checar informações de que funcionários de gabinetes da Assembleia Legislativa estariam à disposição de comitês, em diversos municípios do Estado. Para evitar o que a lei chama de desequilíbrio entre os candidatos concorrentes e evitar a ocorrência de condutas vedadas, o MCCE pediu para investigar se os servidores dos gabinetes dos deputados afastados estão sendo "aproveitados" como cabos eleitorais de luxo, a serviço das campanhas de prefeito e vereador.
Atualmente cinco deputados titulares cederam seus lugares a suplentes. De acordo com o MCCE, em cidades como Alta Floresta, Colíder, Tangará da Serra, Sinop, Rondonópolis, Várzea Grande e Cuiabá, algumas candidaturas a prefeito estariam sendo "tocadas" com o auxílio de funcionários de gabinetes parlamentares.
No pedido feito à Procuradoria Geral de Justiça o MCCE entregou uma lista de 40 páginas com nomes de servidores e a indicação a qual gabinete pertencem, sugerindo que sejam requisitadas informações oficiais junto à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do local onde estão lotados tais servidores, e verificados nos municípios se estes não "batem ponto" no comitê de algum candidato.