O empresário Alan Malouf vai comparecer, hoje, às 14h, na sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) para prestar depoimento aos promotores de Justiça a respeito da sua participação nos esquemas de corrupção da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
O novo depoimento se deve por três novos inquéritos abertos pelos promotores de Justiça diante de novos fatos que vieram à tona nas audiências de instrução e julgamento da ação penal relativa à primeira fase da operação Rêmora. Malouf é suspeito de ser favorecido com o dinheiro desviado da Secretaria de Estado de Educação. Isso porque, de acordo com empresário Giovani Guizardi, deveria ser ressarcido pelo investimento de R$ 10 milhões feitos na campanha eleitoral do governador Pedro Taques (PSDB), o que é negado com veemência pelo tucano.
Já prestaram depoimento nesta nova fase das investigações o empresário Ricardo Sguarezi , o ex-secretário de Educação, Permínio Pinto (PSDB), e o ex-assessor especial da Secretaria de Estado de Educação, Fábio Frigeri. Em razão das novas investigações, novas operações policiais não estão descartadas. Conforme apurado, a suspeita é de formação de cartel com divisão de obras pelas empreiteiras, fraude em licitação e recebimento de propina pelos servidores públicos.
Atualmente, todos os suspeitos de participação nas fraudes da Secretaria de Educação estão em liberdade. Porém, o Ministério Público já recorreu ao Tribunal de Justiça para reformar a decisão da juíza Maria Rosi Meire Borba, que no dia 24 de dezembro revogou a prisão preventiva do empresário Alan Malouf. O depoimento de Guizardi, que seria esta semana, foi remarcado para meados da próxima semana.
