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Em Cuiabá, ministro Gilberto Kassab se compromete em trabalhar para concluir VLT

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Em reunião com o governador Pedro Taques, em Cuiabá, hoje, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, externou que a preocupação do governo em relação à obra do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) também é compartilhada com o governo federal. Segundo ele, o fato de R$ 1,06 bilhão já ter sido aplicado na obra, de um total de R$ 1,4 bilhão, e ainda não haver uma perspectiva de conclusão, é motivo para um trabalho conjunto entre as duas esferas do Executivo.

“Assumimos o compromisso de trazer junto à equipe do governador Pedro Taques todas as experiências que existem hoje no Brasil com assuntos semelhantes. São lugares que tiveram um grau de dificuldade muito grande e que teve solução. Então, vamos trazer os agentes do Ministério que trabalharam nisso para atuar em conjunto com o Governo estadual e ajudar”, explicou.

De acordo com o governador Pedro Taques, sendo este um assunto prioritário, o trabalho deve começar imediatamente. “Vamos entrar em contato com os outros Estados que também passaram por isso, como é o caso da Bahia, por exemplo, e estruturar uma estratégia. Infelizmente, em uma reunião curta como essa, não poderemos resolver tudo. Pedimos a ajuda do Ministério para concluirmos essa obra e a equipe de trabalho de lá virá nos ajudar imediatamente”.

Em relação à possibilidade de um novo aporte financeiro para garantir a obra, o ministro Gilberto Kassab levará a discussão para nível federal. “Temos um cenário econômico difícil no Brasil atualmente e qualquer novo investimento será estudado com cuidado”.

O VLT deveria ter sido entregue em junho de 2014, antes mesmo do início dos jogos da Copa do Mundo em Cuiabá. Entretanto, os sucessivos atrasos levaram o governo a fazer um aditivo prevendo o término para 31 de dezembro do mesmo ano. Porém, as obras foram paralisadas antes mesmo deste prazo. A atual gestão estadual discute a questão na Justiça, visto que o consórcio construtor cobra, pelo menos, R$ 1,1 bilhão para a finalização da obra.

O consórcio VLT Cuiabá venceu a licitação realizada em junho de 2012, na modalidade do Regime Diferenciado de Contratação (RDC), que não permite aditivos, por R$ 1,447 bilhão. Deste total, R$ 1,066 bilhão já foram pagos pelo Governo do Estado.

A contratação de uma empresa de consultoria foi autorizada pela Justiça Federal em agosto do ano passado. O Estado apresentou o pedido devido à falta de informação técnica para dar andamento à obra. A KPMG será responsável por apresentar relatórios detalhados ao Estado sobre a viabilidade financeira do modal, o cronograma de término de obras, a estimativa de demandas de operação durante os próximos 20 anos, proposta de integração do modal à matriz de transporte de Cuiabá e Várzea Grande, como também o cronograma de desembolso do Estado para implantação do VLT.

No dia 26 de janeiro deste ano, o Governo de Mato Grosso entregou à Justiça Federal a primeira parte do relatório produzido pela empresa de consultoria KPMG sobre as obras de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos em Cuiabá e Várzea Grande. O estudo, que deve ser finalizado em março, apontou que a obra deve custar R$ 535 milhões a menos que o valor exigido pelo consórcio construtor, ou seja, se tivesse dado continuidade à obra em 2015, o Estado teria tido prejuízo neste montante, dinheiro suficiente para a construção de seis hospitais com 300 leitos cada.

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