As eleições de 2014 em Mato Grosso têm estimativa de um custo de R$ 5 milhões a mais em comparação com o último pleito, que aconteceu em 2012. Segundo o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Juvenal Pereira da Silva, ano passado as despesas foram de R$ 11,7 milhões, já para ano que vem, está planejado o gasto de mais de R$ 16 milhões.
O aumento foi justificado pelo desembargador como natural diante da inflação no país. O índice, no entanto, foi estimado pelo Banco Central (BC) na última segunda-feira (30) em relatório financeiro que o percentual neste ano seria de 5,82%, já para 2014, o valor seria de 5,97%.
Pela projeção feita pelo presidente, a alta do dólar também contribuiu para o aumento do orçamento necessário para organizar a eleição. Por eleitor, o valor subiu de R$ 5,39, para R$ 7,71, em comparação com 2012.
O desembargador Juvenal explicou que estes gastos se referem a locação de veículos, material gráfico, alimentação dos mesários, elaboração de manuais e cartilhas, e ainda, o pagamento do aluguel do Centro de Eventos do Pantanal, local que abrigará a apuração dos votos ao final da votação.
Deste valor, R$ 4,6 milhões serão destinados para pagamento das pessoas que atuarão no dia da eleição, e o restante, mais de R$ 12 milhões, serão gastos com o custeio de materiais. A verba será repassada do Tribunal Superior Eleitoral para administração do TRE.
Apesar de ter disponível a cifra para a realização de pleitos no Estado, o desembargador reiterou que, o Tribunal enfrenta dificuldades para instalação de novos cartórios eleitorais e ainda, para atender com celeridade denúncias.
O Ministro Gilmar Mendes chegou a chamar atenção das autoridades brasileiras quanto á precariedade dos cartórios eleitorais em todo o país na última sessão do Supremo Tribunal Eleitoral (STF).
“A Justiça como um todo, tanto a eleitoral, estadual, quanto a federal, tem uma dificuldade muito grande de recursos, e é aí que vem as nossas falhas por falta de recursos para implementação do necessário”, afirmou o presidente do TRE, o desembargador Juvenal Pereira da Silva, concordando com o posicionamento do Ministro.
Ele ressaltou ainda que, diante da situação, ele aguarda que emendas parlamentares sejam destinadas para a construção de novos cartórios. “Tivemos com os parlamentares do nosso Estado pedindo que, se possível, dentro da legalidade, houvesse uma contribuição para construirmos o cartório eleitoral de Várzea Grande”, contou.
A cidade de Várzea Grande, que mesmo sendo o segundo maior município do Estado ainda não possui um cartório eleitoral, recebeu uma área da União – localizada na Avenida da FEB – para a construção. Os municípios de Sinop e Rondonópolis também aguardam instalações.