A Justiça Eleitoral é clara. Em virtude das eleições no dia 03 de outubro próximo, governos Federal e Estadual só poderão assinar convênios e liberar recursos até o dia 30 deste mês. Depois desta data quem o fizer será acusado de utilizar a máquina administrativa com fins eleitoreiros. Com isso, projetos importantes para o Médio Norte e também para o município de Nova Mutum podem ficar emperrados até o final deste ano.
A preocupação com relação a isso foi apresentada pelo prefeito de Nova Mutum, Adriano Xavier Pivetta, durante coletiva hoje com a imprensa local. Adriano esteve participando do Grito de Alerta promovido por prefeitos da região em Cuiabá na segunda-feira, 10. Na ocasião, integrantes da bancada federal de Mato Grosso ouviram reivindicações e também ficaram a par da situação de crise que está sendo vivenciada pelos municípios.
O asfaltamento da BR163, em trecho matogrossense e da divisa do Estado até Santarém/PA, que significaria uma redução do frente para escoamento da produção agrícola da região deve ser um dos projetos emperrados. “Como o Orçamento da União para 2006 ainda não foi aprovado, a disponibilidade de recursos para obra não é algo palpável. Além disso, existem muitas indefinições quanto à execução da mesma”, explicou.
Nova Mutum também pode ser diretamente prejudicado. A administração pleiteia recursos em vários ministérios para projetos que pretende colocar em prática no decorrer deste ano. Um deles é no Ministério das Cidades buscando convênio para drenagem de águas pluviais dos bairros Parque do Sol, Jardim Imperial e Colina, em obra que deve custar hoje mais de 3 milhões de reais. “É algo que não temos condições de executar sozinhos”, disse o prefeito.
Quanto às parcerias com o Governo do Estado a situação é menos alarmante. Pivetta estima que na próxima semana já devam ser assinados alguns convênios que irão beneficiar Nova Mutum.