O ex-secretário de Fazenda Eder Moraes volta, nesta quinta, à justiça federal para ser interrogado pelo juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal em um dos processos da Operação Ararath, no qual é acusado de ter liberado o pagamento irregular de um precatório de R$ 20 milhões uma construtora, na época em que comandava a Secretaria de Fazenda. Na audiência de instrução o magistrado também vai ouvir a colunista social Kharina Nogueira, arrolada como testemunha de defesa de Eder. Ela é ex-esposa do delator do esquema, empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça.
Kharina chegou a comparecer à sede da Justiça Federal na primeira audiência, dia 6 deste mês, mas não foi ouvida, mas afirmou em entrevista, que seu depoimento pode mudar o rumo do processo, pois segundo ela, dependendo da avaliação do MPF e do juiz do caso, poderá até derrubar a delação premiada de Mendonça, acusando-o de supostamente omitir fatos. Kharina também denunciou que o esquema de empréstimos ilegais operado por Júnior Mendonça continua funcionando.
Consta no processo que 4 pessoas foram arroladas como testemunhas, sendo 3 delas pela acusação, leia-se Ministério Público Federal (MPF) e 1 por parte da defesa, no caso, a colunista social. O único depoimento que foi tomado na primeira audiência do dia 6 de março foi do empresário Júnior Mendonça que foi ouvido na condição de informante.
Até o momento, 3 pessoas já foram intimadas para a nova audiência que começa a partir das 13h30 desta quinta-feira. Eder é apontado como principal operador político do esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro que pode ter movimentado pelo menos R$ 500 milhões. Por sua vez, ele nega todas as acusações e afirma ser inocente. Eder garante que vai derrubar todas as acusações na Justiça, pois afirma não existirem provas documentais contra ele.
Sobre o pagamento do precatório, ele garante que nenhum processo nasce na Sefaz. Afirma que na sua época, todos eram originados na secretária de Infraestrutura. “Todos os precatórios que paguei, todos foram originados na infraestrutura e no DVOP Departamento de Viação e Obras Públicas, que antecedia a Sinfra”, afirmou ele em recente entrevista ao Gazeta Digital. “E todos pagamentos fazem parte legal de um programa de saneamento de passivos aprovados em lei complementar. Portanto, o secretário de fazenda é meramente homologador de um processo que vem com recomentdação para que ele assine”.