A defesa do ex-secretário estadual de Fazenda, Casa Civil e ex-Secopa, Eder Moraes, encaminhou nota à imprensa neste sábado negando que tenha recebido qualquer valor para mudar depoimento e ainda critica a delação premiada do ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa (PMDB), que segundo Moraes, hoje em dia vem sendo usada “como um instrumento de vingança”.
A nota foi escrita após o ex-governador Silval Barbosa, ter afirmado que ele e o hoje ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), pagaram R$ 6 milhões ao ex-secretário Eder Moraes para que ele mudasse o depoimento sobre um acordo para compra de cadeiras no Tribunal de Contas do Estado (TCE), a fim de inocentá-los.
Pelo episódio, os três juntamente com outras cinco pessoas são réus numa ação por improbidade na Justiça que tramita na Vara Especializada Ação Civil Pública e Ação Popular e estão com as contas bloqueadas em até R$ 4 milhões, valor que conforme as investigações, foram pagos por Sérgio Ricardo de Almeida para ocupar a vaga de conselheiro que antes pertencia a Alencar Soares Filho.
As informações de que Eder recebeu dinheiro para mudar o depoimento e inocentar os 2 ex-governadores de Mato Grosso fazem parte da delação premiada de Silval, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e divulgada, em parte, pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, na noite de sexta-feira (11).
Na nota encaminhada pela defesa, Eder Moraes afirma que Silval estaria mentindo quando o acusa na delação e destacou que precisa vir a público se retratar. Justifica que a "retratação pública é um ato jurídico idôneo" permitido pelos Tribunais Superiores e “assegurado a qualquer cidadão, notadamente para estabelecer a verdade, nos termos da lei”, afirma.