Duas cidades de MT devem ter urnas biométricas em 2010

O Tribunal Regional Eleitoral indicou os municípios de Barra do Garças (39.766 eleitores) e Campo Verde (21.986 eleitores), que utilizarão a urna biométrica nas eleições de 2010. O sistema permite a identificação do eleitor por meio das impressões digitais. Os dois municípios serão submetidos à revisão de eleitorado com coleta de dados biométricos. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ainda deve aprovar a indicação dos municípios.
          
Segundo o desembargador do TRE, Rui Ramos, as duas cidades atendem aos critérios do TSE com base na logística, acesso e indícios de fraude (porcentagem do eleitorado em relação à população). Os dois municípios limitam-se a 3% do eleitorado do Estado, que corresponde atualmente a 60.235 eleitores, apresenta facilidade de acesso e logística, redução de custos na revisão do eleitorado. Outro motivo seria no percentual de eleitores em relação à população, pois em Barra do Garças já ultrapassou 76,46%, e em Campo Verde. 80,98%.
          
A vantagem, de acordo com o desembargador, é ter mais segurança no combate a fraudes e menor custo administrativo. " A longo prazo este sistema reduzirá muito os custos e diminuiria significativamente a tentativa de fraude", explica o desembargador.
          
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) optou por adotar o sistema em municípios com aproximadamente 15 mil eleitores que estivessem na iminência de passar por um processo de revisão de seu eleitorado, que fossem da sede de Zona Eleitoral e próximos à capital de seu Estado. Nas eleições de 2008, eleitores de três municípios de diferentes estados votaram em urnas biométricas: Fátima do Sul (MS), São João Batista (SC) e Colorado d" Oeste (RO). O novo procedimento de votação deve ser adotado nas eleições de 2010 em todos os Estados do país. A projeção do TSE é que no prazo de seis a oito anos possa ser realizada no país a primeira eleição totalmente biométrica, alcançando mais de 130 milhões de eleitores. Por enquanto o uso da novidade vai estar restrito para, no máximo, 3% do eleitorado total da unidade federativa.