O defensor público e secretário-adjunto da Secopa, Djalma Sabo Mendes, oficializou seu desligamento da equipe relativa aos trabalhos da Copa do Mundo e deverá, a partir do próximo dia 2 de julho, retomar suas atividades enquanto defensor. Mesmo não admitindo que seu retorno esteja ligado à sucessão dentro da Defensoria Pública de Mato Grosso, que neste ano tem eleições internas para a escolha do novo chefe do órgão, especulações apontam ser este o caminho natural para Djalma Mendes, que entre 2009/2010 chefiou a instituição que vive hoje dias de crise.
"Meu compromisso era de tratar das questões relativas às desapropriações decorrentes das obras da Copa do Mundo e como isso está praticamente definido, o melhor para mim é retornar as minhas origens profissionais", disse Djalma Mendes, descartando tratar da questão da sucessão interna do órgão.
Djalma era defensor-público geral na última eleição e foi o segundo mais votado na disputa interna vencida por André Prieto, que acabou nomeado pelo governador Silval Barbosa. Desde 2011, Djalma foi o responsável pela política de desapropriação do governo do Estado relativo às obras de mobilidade urbana da Copa do Mundo de 2014. Vão ficar para serem concluídos os trabalhos relativos às desapropriações das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), a maior obra do Mundial de Futebol e que tem previsão financeira de custos da ordem de R$ 1,261 bilhão, dos quais R$ 100 milhões são destinados apenas para a desapropriação decorrente da obra do sistema de transporte coletivo.
"Concluí dentro do que me foi estabelecido as metas. Agora vou me dedicar a minha função de defensor público", esclareceu Djalma, que fez questão de não deixar transparecer se vai ou não enfrentar uma nova disputa interna dentro da entidade que vive dias difíceis após o afastamento por ordem judicial do atual defensor público-geral.