O diretor de Gestão de Riscos do Banco do Brasil, Expedito Afonso Veloso, comunicou hoje que pediu afastamento do cargo, após seu nome surgir no mais recente escândalo político do país: a tentativa de vender um dossiê contra políticos tucanos com supostas provas de envolvimento na máfia dos sanguessugas. Leia a íntegra da carta.
Afonso Veloso supostamente teria recepcionado Valdebran Padilha da Silva, o intermediário de Luiz Antônio Vedoin, principal envolvido no esquema dos sanguessugas e que teria produzido e tentado vender o dossiê.
A Polícia Federal deve expedir ainda nesta semana uma intimação para ouvir o diretor do BB. A diretoria da instituição financeira se reuniu hoje e discutiu a situação do funcionário.
Em carta à diretoria divulgada pelo banco, Afonso Veloso afirma que, ainda licenciado, cuidou, por livre e espontânea vontade de “questões estritamente particulares, não tendo levado ao conhecimento de meus superiores no Banco a natureza dessas atividades” e que essas atividades não tiveram qualquer relação com o BB.
No documento divulgado pelo banco, não há quaisquer detalhes sobre essas “atividades particulares”.
O diretor do BB ainda afirma que, após seu afastamento, está disposto a prestar “todas as informações necessárias nos fóruns adequados”.
Segundo a assessoria do banco, o Conselho de Administração já aceitou o afastamento de Afonso Veloso e determinou a “apuração dos fatos”.