O governador Pedro Taques (PSDB) saiu em defesa da empresa que prestará consultoria de viabilidade nas obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), a KPMG. Recentemente ela foi alvo de críticas do deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR), que colocou em cheque a idoneidade da consultoria. Há alguns dias, ele vem questionando um possível direcionamento na escolha e aponta denúncias sobre emissão de relatórios financeiros suspeitos realizados na Petrobras, que resultaram em investigação da Polícia Federal. "Direcionamento existiu na administração passada e cada um defende o que quer", rebateu o governador.
Taques adiantou que a Secretaria de Cidades assinou nesta segunda-feira (26) o contrato de R$ 3,8 milhões com a empresa de consultoria. Conforme o governo, a dispensa de licitação foi determinada pela Justiça Federal. No total, 12 empresas se apresentaram interessadas em realizar os estudos de viabilidade. A maioria foi considerada desabilitada devido a não apresentação adequada de documentos.
A conclusão dos estudos deve sair em 4 meses. O governo depende do resultado para definir se dará ou não continuidade às obras do modal. O Consórcio VLT pediu um aditivo no valor de R$ 800 milhões para entregar obra. O governo se nega a pagar, porque a empresa foi contratada por Regime Diferenciado de Contratação (RDC), que não permite aditivos.
O VLT de início foi proposto por R$ 1,447 bilhão. Deste total, R$ 1,066 bilhão já foram pagos.
Relatório final
A KPMG terá que apresentar relatórios detalhados ao estado sobre a viabilidade financeira do modal, o cronograma de término de obras, a estimativa de demandas de operação durante os próximos 20 anos, proposta de integração do modal à matriz de transporte de Cuiabá e Várzea Grande, como também o cronograma de desembolso do Estado para implantação do VLT.