Ex-presidente do Democratas em Mato Grosso, o deputado estadual Dilmar Dal Bosco reafirmou as críticas em relação ao processo de escolha da nova direção da legenda, que definiu o deputado federal Fábio Garcia como presidente, e sustentou que sua desfiliação não está descartada. “Continuo achando que foi um desrespeito com a direção passada, um desrespeito com a militância do interior colocar de cima para baixo uma direção sem ao menos comunicar as lideranças”, afirmou.
O parlamentar diz que não é o único descontente com a nova direção. Segundo ele, vereadores, prefeitos e militantes teriam lhe procurado para apoiá-lo. “Se fosse só eu, tudo bem, mas são várias lideranças que não gostaram da forma que foi conduzido esse processo”.
Dilmar vai se reunir com o ex-senador Jayme Campos (DEM) para tratar do assunto. A decisão sobre uma possível desfiliação, no entanto, será tomada em conjunto com a sua base.
A insatisfação do deputado estadual veio à tona com o vazamento de um áudio seu enviado a um grupo de WhatsApp. Nele, Dilmar informava que não participaria do ato de filiação realizado na última sexta-feira, e que contou com a presença do presidente da Câmara dos Deputados e candidato à Presidência da República, Rodrigo Maia (DEM/RJ). Dilmar realmente não foi ao evento. Ele ainda revelou que estaria nesta semana estudando uma possível migração para outro partido.
Em entrevista coletiva, durante o evento partidário, Jayme Campos disse que o correligionário tem o direito de estar “chateado”, mas, que acredita que Dilmar não deixará o DEM. O secretário de Assuntos Estratégicos de Várzea Grande também exaltou o trabalho do deputado dentro do partido.