O retorno da viagem da presidente Dilma Rousseff de Rondonópolis onde participou da inauguração do maior Terminal Ferroviário da América Latina, para Brasília teve como um dos convidados o empresário Eraí Scheffer Maggi e o seu primo e senador Blairo Maggi (PR), quando chegaram a discutir uma pré-candidatura ao governo do Estado.
A presidente, além de fomentar a candidatura do empresário, que estaria assumindo o lugar do republicano que já descartou essa possibilidade, teria pedido ao empresário que trabalhasse na construção de se manter o atual arco de alianças respeitando os espaços partidários e abrindo perspectivas para as principais siglas, o PT e o PMDB, que deverão compor junto com o PR as três vagas majoritárias ou um entendimento com as vagas proporcionais e a participação numa eventual administração estadual.
"Foi uma conversa amistosa", se limitou a dizer Eraí Maggi, enaltecendo a postura da presidente em relação aos investimentos em logística de transportes que são essenciais para que o agronegócio consiga potencializar ainda mais a sua produtividade atingindo assim uma rentabilidade ainda maior. O agronegócio foi responsável em 2012 por US$ 72 bilhões em exportações.
Desde que seu nome começou a ser ventilado, Eraí Maggi passou a ser assediado como eventual candidato ao governo do Estado e movimentou todo o tabuleiro de xadrez da sucessão que tem pré-candidatos especulados mas não assumidos oficialmente, como o senador Pedro Taques (PDT) que enfrenta sérios problemas de relação política com seu partido e conversa com o Solidariedade, numa possível troca, e com os aliados e o juiz federal Julier Sebastião da Silva, que se projeta como candidato mas evita a superexposição para não ter problemas com a Justiça, que o impede da prática político-eleitoral.
Eraí Maggi seria ungido à condição de candidato pelos partidos do arco de alianças, além do setor produtivo e empresarial, que veem os avanços vividos por Mato Grosso nos últimos anos e a oportunidade de se manter um empresário renomado, de visão e experiente, à frente do Governo do Estado e com capilaridade para arregimentar o maior número de siglas que dariam respaldo inclusive à candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff, que assim como seu criador, Luiz Inácio Lula da Silva, ainda não teve o sabor de vencer as eleições no Estado, mesmo sendo eleita com uma votação esplêndida.
A velocidade com que ganhou corpo uma eventual candidatura de Eraí Maggi foi tamanha que ontem ele voltou a Mato Grosso, mais precisamente a Sinop para participar do 1º Fórum Brasil Central do Agronegócio, acompanhado pelo general Jorge Fraxe, diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), quando além de participarem do evento ainda aproveitaram para visitar obras rodoviárias fundamentais na logística de escoamento da safra agrícola.