O conselheiro Sérgio Ricardo, presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso, defendeu uma atuação ainda mais direta da instituição no enfrentamento das desigualdades regionais para sua gestão do próximo biênio. Durante a apresentação do Plano de Trabalho dos dois próximos anos, nesta quarta-feira. O presidente falou sobre a importância da presença das equipes nos municípios, chamando servidores e auditores a se aproximarem da realidade local e conhecerem mais de perto os desafios enfrentados pela população. “É isso que eu pretendo e que eu gostaria de ver, o Tribunal fazendo mais do que a gente fez este ano. Vamos fazer a nossa parte e ir além.” Sérgio Ricardo destacou ainda que o trabalho da instituição segue em ritmo intenso, com o plenário adiantando suas atividades para permitir que cada conselheiro avance nos demais projetos em andamento. “Esse é um dia importante para a gente, um dia de planejamento, um dia de conversar sobre o futuro. Eu não vou aceitar de mim, como servidor público, menos do que tudo.”
O plano de trabalho prevê ações técnicas que incluem a atualização dos relatórios das contas de governo, a retomada das contas de gestão de prefeituras e a modernização dos modelos aplicados às câmaras, RPPS e consórcios. O Tribunal também avança na adoção de metodologias baseadas em risco, com modelos que ranqueiam licitações por grau de criticidade, além da ampliação de sistemas como o Platão, ferramenta de IA lançada neste ano.
Para o ouvidor-geral do TCE-MT, conselheiro Antonio Joaquim, a credibilidade do órgão, que se tornou referência nacional com iniciativas como as mesas técnicas, GeoObras, e Ouvidoria para todos, impõe um papel mais ativo no enfrentamento dos desafios do estado. “Tem que ter essa convicção e o presidente Sérgio tem de que o Tribunal de Contas tem que ser protagonista na busca por caminhos e propostas de políticas públicas que possam diminuir a desigualdade, que é muito acentuada no estado.”
A situação foi destacada pelo conselheiro Valter Albano, que chamou atenção para os pequenos municípios. “Quantos municípios nós estamos vendo que estão morrendo porque não há uma estratégia de desenvolvimento. Temos que ser aliados do pequeno, que não pode morrer. E aí é que eu falo da distribuição do desenvolvimento. A minha cabeça sempre funcionou pensando no futuro, para que as estratégias e as atividades sejam convergentes com o que queremos para este futuro.”
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