O delegado do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Gianmarco Paccola, foi designado, esta manhã, para investigar a denúncia de suposta irregularidade na licitação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). A determinação de apuração partiu governador Silval Barbosa, na segunda-feira (20), menos de uma semana depois da divulgação de uma reportagem e um site de renome nacional. Nela, um servidor então lotado na vice-governadoria teria recebido R$ 80 milhões pelo consórcio para vencer o certame. Os trabalhos devem ser concluído em 30 dias. Este prazo põe ser prorrogado.
O delegado terá apoio do setor de Inteligência das polícias Civil e Militar para proceder as investigações. "O VLT é o maior projeto para Copa do Mundo em Mato Grosso e o Estado não pode ser colocado em xeque em relação a isso. São denúncias graves e que o Estado tem obrigação de apurar, e a Secretaria de Segurança vai dar todo apoio necessário para que o delegado possa desenvolver as investigações", destacou o secretário estadual de Segurança Pública, Diógenes Curado, por meio de assessoria."Vamos tomar todas as medidas necessárias para que o inquérito seja concluído o mais rápido possível", acrescentou.
Conforme Só Notícias já informou, o vice-governador Chico Daltro decidiu exonerar o servidor para a apuração dos fatos. Ele alegou que esta medida foi tomada para isenção total nos trabalhos investigativos, lembrando que as atribuições do funcionário não estão ligadas ao modal de transporte para a Copa de 2014.
Na semana passada, o juiz federal Julier da Silva decidiu que as obras de construção do VLT, em Cuiabá e Várzea Grande, podem continuar. A interrupção havia sido decidida semana passada. Ele havia tomado ação civil pública proposta pelos Ministérios Público Federal (MPF) e Estadual (MPE), que apontaram irregularidades. No entanto, considerou que as provas apresentadas não foram suficientes. A obra está orçada em R$ 1,477 bilhão.