O habeas corpus do ex-secretário de Estado de Indústria e Comércio, Pedro Nadaf, começou a ser votado, esta tarde, na segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. No entanto, o julgamento do pedido de liberdade teve que ser adiado para outra sessão em decorrência do pedido de vistas apresentado pelo desembargador Orlando Perri.
O relator do processo, desembargador Alberto Ferreira de Souza, leu seu voto durante a sessão e se posicionou pela manutenção da prisão do ex-secretário estadual. Mesmo pedindo vistas do processo, Perri argumentou que teria dúvidas sobre a necessidade da manutenção da prisão de Nadaf e ainda questionou as provas.
O pedido de liminar em habeas corpus foi negado pelo desembargador Alberto Ferreira de Souza, no último dia 23 de setembro. Entre os motivos para manter Nadaf preso destacou que é por conveniência da instrução criminal e garantia da ordem pública e também porque ficou demonstrando nos autos que a organização criminosa que o ex-secretário é acusado de integrar “está em plena atividade, procurando obstar as investigações administrativas da CPI, que resultariam na descoberta das ações criminosas executadas”.
Nadaf está preso desde o dia 15 do mês passado por ordem da juíza Selma Rosane Santos Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá e cumprido durante a operação Sodoma. Ele é acusado de integrar um esquema de corrupção que incluía cobrança de propina de empresários para que continuassem usufruindo de incentivos fiscais.
O delator do esquema afirmou ter pago R$ 2,6 milhões para ser incluído em benefícios fiscais. Além de Nadaf, foram presos o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e o ex-secretário de Estado de Fazenda, Marcel de Cursi.